Tudo sobre alergia a poeira: saiba aqui

Muitas vezes, quando alguém começa a espirrar, diz que deve ser por causa da poeira do ambiente e essa é uma justificativa muito plausível. Afinal, a ocorrência de alergia à poeira é muito grande e, de fato, os seus efeitos são muito desagradáveis, incluindo espirros contínuos.

Na realidade, a alergia não é às partículas de poeira que o ambiente possa ter, mas sim aos alérgenos que existem nela. O grande problema é que, por mais que se tenha asseio, é praticamente impossível evitar de todo o aparecimento de poeira.

Por isso, se você é alérgico a isso ou se lida com alguém que tenha esse problema, entenda agora tudo sobre a alergia à poeira e como reduzir o seu impacto.

O que é alergia a poeira?

É uma condição na qual a pessoa começa a ter diversos desconfortos, especialmente respiratórios, quando tem contato com os alérgenos da poeira. Porém, segundo o médico alergista no Rio de Janeiro, Dr André Gauderer, a alergia não é causada pelas partículas de poeira, mas sim, principalmente, pelos ácaros que elas contêm.

Assim que a pessoa alérgica respira esses ácaros, começa a sentir uma irritação nas vias aéreas, o que faz com que ela tenha intensidade diferente de sintomas: há os que têm uma falta de ar intensa, enquanto outros só começam a espirrar.

Vale salientar que alguns alérgicos à poeira desenvolvem também reações cutâneas, como a coceira ou até a vermelhidão em seu nariz e em seus olhos.

Geralmente, a crise alérgica mais leve é interrompida quando a pessoa alérgica sai do local. Em outros casos, é preciso o uso de medicação anti-histamínica para que a reação à poeira seja interrompida.

Em alguns casos, dependendo de como esteja o estado geral da pessoa e da intensidade da sua alergia, existe a possibilidade de ser necessário ir a um hospital para que uma medicação intravenosa seja ministrada e, dessa maneira, tenha-se um efeito mais rápido.

Sintomas de alergia a poeira

Normalmente, os sintomas associados a uma crise de alergia devido à poeira são bem simples de se identificar, embora a sua intensidade possa variar bastante.

A seguir, algumas das coisas que as pessoas alérgicas costumam sentir quando entram em contato com a poeira e com os alérgenos que estão nela:

  • Ardência nos olhos
  • Coceira na garganta e no nariz
  • Coriza
  • Tosse seca
  • Olhos lacrimejantes
  • Espirros sucessivos
  • Congestão nasal
  • Falta de ar
  • Coceira na pele

Quanto mais tempo a pessoa alérgica fica em contato com a poeira, mais se agravam os sintomas.

A respeito da falta de ar, ela costuma ser leve e decorrente da irritação que se sente na garganta e no nariz. Entretanto, se ela ficar muito intensa e vier com tosse, chiado no peito e dor torácica pode ser uma crise de asma. Neste caso pode ser preciso procurar uma emergência e fazer uso de broncodilatadores (aerolin, berotec), corticoides e até adrenalina.

O que pode causar?

O que faz com que a alergia à poeira se manifeste são os ácaros que se encontram em suas partículas. Quando “respirados”, eles se instalam nas vias aéreas e o agridem, fazendo com que organismo tente pará-los.

Ocasionalmente outros alérgenos da poeira como fungos e pelos de cão e gato também podem causar as crises.

Contudo, exceto nos casos em que pode acontecer uma crise grave de asma, não é comum que se tenha grandes consequências por causa de um episódio de alergia à poeira.

Geralmente, a principal consequência é o nariz ou os olhos vermelhos, além da sensação de cansaço por causa da irritação das vias aéreas.

No entanto, com a ministração de remédios, essas consequências são revertidas e a pessoa alérgica volta a se sentir bem.

Vale dizer que, pensando no aspecto geral, a alergia a poeira não é algo perigoso. Porem a qualidade de vida da pessoa alérgica fica muito comprometida.

Como diagnosticar a alergia?

O diagnóstico é feito por testes alérgicos, geralmente o prick test (teste de punctura) ou a IgE específica. O prick test é realizado no consultório do alergista durante a consulta e o resultado demora menos de 15 minutos. É praticamente indolor e pode ser feito em qulaquer idade.

O exame de IgE específica é feito no laboratório, pelo sangue. A vantagem é o numero bem maior de alérgenos que podemos avaliar, cerca de 500.

Com esses exames conseguimos saber exatamente a qual componente da poeira temos alergia.

Tratamento para alergia a poeira

O tratamento se constitui em 3 partes:

  • Controle de ambiente.
  • Medicamentos
  • Vacinas de alergia

Controle de ambiente

Para evitar as crises de alergia por causa de poeira, é indicado, como dito, evitar o contato com o alérgeno. Para tanto, as opções são as seguintes:

  • Evitar ambientes onde existam cortinas, tapetes e carpetes
  • Deixar todos os ambientes bastante ventilados
  • Evitar bichos de pelúcia na cama
  • Caso se tenha os bichinhos de pelúcia em um ambiente qualquer, que eles sejam higienizados com frequência
  • Manter a casa sempre limpa
  • Deixar os guarda-roupas com as portas abertas periodicamente para ventilação
  • Evitar o uso de roupas que estejam guardadas há muito tempo
  • Em dia de faxina, utilizar máscara para evitar a aspiração do alérgeno e tomar um antialérgico antes da faxina.

Medicamentos

Os remédios são importantes tanto para aliviar os sintomas da crise de alergia quanto para preveni-las

Os principais medicamentos são:

  • Antialérgicos. Podem ser de uso oral, tópico nasal ou colírios
  • Lavagem nasal com soro fisiológico
  • Corticoides nasais. São os medicamentos mais indicados para prevenir as crises de rinite
  • Antileucotrienos. Usados em caso de rinite e asma leve
  • Bombinhas. Para os quadros de asma

Vacinas para alergia a poeira

O controle de ambiente ajuda a prevenir as crises e os medicamentos a tratá-las, mas a alergia continuo.

A imunoterapia, ou vacina para alergia, é o tratamento mais indicado para dessensibilizar o paciente e fazer com que ele deixe de ser alérgico a poeira.

O tratamento é seguro e eficaz e dura em média 2-3 anos.

Pode ser feito com vacinas subcutâneas ou gatinhas sublinguais.

O objetivo de deixar o paciente menos alérgicos, precisando cada vez menos de medicamentos e tendo crises mais leves e espaçadas.

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