Apresentadora da Record quebra o silêncio e DENUNCIA verdade sobre demissão
Jornalista garante que foi desligada por conta do que aconteceu
A jornalista Rhiza Castro, ex-apresentadora da Record, expôs recentemente ter sido demitida da emissora logo após fazer uma denúncia de assédio sexual envolvendo um diretor da empresa. Rhiza deixou seu cargo na emissora em 4 de janeiro deste ano, mas somente agora sentiu-se segura para falar sobre o assunto.
Denúncia e demissão
Rhiza Castro revelou ter feito a denúncia junto ao setor de Recursos Humanos da Record, onde conversou pessoalmente com o diretor do RH e enviou provas por e-mail que sustentavam suas alegações.
No entanto, dois dias após essa denúncia, ela foi surpreendida com sua demissão. A justificativa para sua saída da emissora foi apresentada como “corte de gastos“. Até o momento, a Record não se pronunciou publicamente sobre o caso.
História vem a público
A jornalista afirma que seu objetivo em tornar sua história pública é ampliar a conscientização sobre o problema do assédio sexual no ambiente de trabalho.
Ela destacou que não é a única mulher que sofreu esse tipo de assédio na emissora, alegando que várias outras pessoas passaram por experiências semelhantes nas mãos do mesmo diretor.
De acordo com Rhiza, suas denúncias incluem mensagens de assédio por parte do diretor.
Ela revelou ter registrado um boletim de ocorrência no dia 6 de janeiro e guarda as mensagens que servem como prova. Essas mensagens abrangem diversas formas de assédio, incluindo convites para jantares, elogios em fotos, comentários inapropriados e presentes inapropriados.
Em entrevista, Rhiza compartilhou:
Foram meses recebendo muitas mensagens. Tenho todas elas, e isso me ajudou a provar o assédio. [O diretor] fazia convites para jantar, tirava fotos minhas e me mandava elogiando, e falava coisas do tipo: “Assim meu coração não aguenta”. Até presentes ele já me deu. Foram muitas diretas e indiretas.
Para a jornalista, sua demora em tornar o caso público se deve à dificuldade de lidar com a situação psicologicamente. Ela estava evitando reviver o trauma do assédio, mas sentiu que era seu dever trazer o problema à tona para impedir que se tornasse mais um caso de assédio velado no ambiente de trabalho.
Medida tomada pela Record revela falta de preparo das empresas
A demissão de Rhiza Castro após a denúncia de assédio levanta preocupações sobre a eficácia dos processos internos de lidar com esse tipo de alegação nas empresas como a Record. Ações dessa natureza, quando não são devidamente tratadas, podem deixar vítimas em situações de vulnerabilidade e impunidade para os assediadores.
Ainda que a jornalista tenha buscado justiça ao registrar um boletim de ocorrência e apresentado provas de seu assédio, a situação destaca a necessidade de empresas estarem atentas às questões de assédio e à proteção de seus funcionários.
Medidas preventivas e um ambiente de trabalho seguro são essenciais para garantir que os funcionários tenham confiança em denunciar assédio e que as alegações sejam tratadas de maneira justa e adequada.
Além disso, esse caso também chama a atenção para a importância da conscientização em torno do problema do assédio sexual no local de trabalho.
É essencial que empresas, funcionários e a sociedade em geral se unam para combater o assédio e promover um ambiente de trabalho onde todos possam sentir-se seguros e respeitados.
No Brasil, o assédio sexual é considerado crime de acordo com o Código Penal (Artigo 216-A). Essa prática é definida como constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, mediante abuso de autoridade ou violação da liberdade sexual da vítima. A pena para o assédio sexual varia de um a dois anos de detenção.
É fundamental que as empresas, grandes como a Record ou não, e as autoridades estejam comprometidas em fazer cumprir a lei e garantir que os assediadores sejam responsabilizados por suas ações.