Síndrome do Impostor: o que é e quais são os sintomas
A Síndrome do Impostor: quando o sucesso se encontra com a insegurança; descubra como personalidades de sucesso enfrentaram a síndrome e dicas para superá-la
No ambiente de trabalho, uma experiência que afeta cerca de 70% das pessoas é a Síndrome do Impostor. É a sensação de que somos uma fraude, mesmo quando conquistamos o sucesso.
Mas o que exatamente é essa síndrome? E como personalidades notáveis, como Michelle Obama, Neil Armstrong, Maya Angelou e Tom Hanks, lidaram com ela?
O que é a Síndrome do Impostor
A Síndrome do Impostor é caracterizada pela autopercepção de falsidade intelectual, na qual o indivíduo se sente uma fraude. Muitas vezes, as pessoas acreditam que não merecem estar onde estão, mesmo que tenham conquistado feitos notáveis em suas carreiras. Esse sentimento está ligado à baixa autoestima e à insegurança.
Para compreender essa condição mais profundamente, entrevistamos a neuropsicóloga Keli Rodrigues, do Grupo MED MAIS, que explicou que a síndrome do impostor não tem uma classificação específica no sistema de saúde, mas é uma desordem de autopercepção. Ela envolve uma tendência à autossabotagem, onde o indivíduo cria uma percepção de incompetência ou insuficiência dentro de sua mente.
Especialista em inteligência emocional, Fabrício Nogueira complementa que a síndrome do impostor envolve uma gama de sentimentos vindos da baixa autoestima e insegurança. É a crença de que não somos bons o suficiente, mesmo quando alcançamos resultados positivos. Pode ser desencadeada por uma infância com altas cobranças ou um ambiente de trabalho competitivo.
Principais sinais da Síndrome do Impostor
- Sentimento de não pertencimento: A sensação de que não merecemos estar onde estamos, levando ao afastamento de grupos e oportunidades.
- Procrastinação: Adiamento de tarefas devido à insegurança sobre a capacidade de realizá-las.
- Autossabotagem: Criar mecanismos para evitar experiências nas quais não se sentem seguros, resultando na perda de oportunidades.
- Autodepreciação: Falar mal de si mesmo com frequência e ter uma visão negativa de suas próprias qualidades.
- Ingratidão: Dificuldade em aceitar elogios e rejeição de reconhecimento de outras pessoas.
- Autocrítica excessiva: Análises críticas exageradas das ações, perdendo o contato com a realidade.
- Comparação: A tendência de encontrar boas características apenas em outras pessoas, levando a uma busca implacável pela perfeição.
Como lidar com a síndrome
Encontrar maneiras de lidar com a Síndrome do Impostor é essencial para o sucesso profissional e o bem-estar pessoal.
A neuropsicóloga Keli Rodrigues oferece algumas recomendações:
- Verificar se os pensamentos negativos sobre si podem ser comprovados, questionando a validade de tais pensamentos.
- Avaliar o próprio trabalho de forma mais técnica e externa, destacando conquistas e habilidades.
- Realizar pesquisas de satisfação com clientes ou chefes para obter feedback valioso.
- Procurar ajuda profissional de psicólogos ou psiquiatras para lidar com a síndrome de maneira mais eficaz.
É importante ressaltar que um diagnóstico preciso só pode ser dado por um profissional qualificado. Portanto, se você acredita estar enfrentando a Síndrome do Impostor, é fundamental procurar ajuda especializada.
A Síndrome do Impostor pode afetar qualquer pessoa, independentemente de seu nível de sucesso. A boa notícia é que, com autoconhecimento e apoio adequado, é possível superar esse desafio e continuar trilhando o caminho do sucesso com confiança e autenticidade. Lembre-se de que não está sozinho nessa jornada, e muitos antes de você enfrentaram e venceram a Síndrome do Impostor.