Paciente processa hospital ao ter órgão errado removido em cirurgia
Negligência médica: cirurgia errada desencadeia pesadelo para paciente de 72 anos, processo judicial busca responsabilização.
George Piano, de 72 anos, ingressou com um processo contra o Centro Médico da Universidade de Washington Northwest, alegando negligência médica após uma cirurgia equivocada, que resultou na retirada de parte de seu cólon.
Cirurgia e diagnóstico
O paciente, inicialmente diagnosticado com apendicite, enfrentou complicações sérias após acordar da cirurgia, afirmando ter dores intensas e um vazamento no cólon, que resultou em sepse, ou seja, um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção.
Após uma ampla verificação, foi descoberto que uma parte de seu cólon havia sido removida indevidamente. A experiência traumática levou Piano a passar 53 dias no hospital, enfrentando uma série de complicações, incluindo a instalação de uma bolsa de ileostomia.
O advogado de Piano, Edward Moore, descreveu a situação como “alucinante”, ressaltando a singularidade e gravidade do caso.
A ação judicial
O processo em curso alega negligência por parte dos médicos, resultando em danos físicos e emocionais significativos para o paciente. Moore afirma que este é um caso sem precedentes em sua carreira.
O paciente, agora lidando com ansiedade, perda de memória e dores persistentes, busca responsabilização por meio da ação judicial. O processo destaca não apenas os danos físicos, mas também os impactos emocionais significativos decorrentes da negligência médica.
Resposta da instituição de saúde
A Universidade de Medicina de Washington emitiu uma declaração, reafirmando seu compromisso com a segurança e bem-estar dos pacientes. No entanto, a instituição não comentou diretamente sobre o caso pendente.
Vale destacar que, na legislação brasileira, os profissionais de saúde são responsáveis por erros médicos, sujeitos a processos judiciais por negligência. A defesa de Piano argumenta que o erro cometido durante a cirurgia é passível de reparação legal.
Análise de especialistas
Especialistas em direito médico observam que casos de remoção equivocada de órgãos são raros, mas destacam a importância da responsabilização em situações de negligência médica. A falta de precedentes semelhantes destaca a singularidade do caso Piano.
Assim, o caso de George Piano levanta questionamentos sobre os protocolos de segurança do Centro Médico da Universidade de Washington Northwest. A reflexão sobre a segurança do paciente é crucial, considerando os danos graves resultantes de um procedimento rotineiro.
Impacto na confiança pública
A confiança pública nos serviços de saúde é um aspecto fundamental para o bom funcionamento do sistema. Casos como o de George Piano podem abalar essa confiança, destacando a necessidade de transparência e responsabilidade por parte das instituições de saúde.
O caso serve como um alerta para a importância da diligência e precisão em procedimentos médicos. A busca por responsabilização legal não apenas visa compensar os danos sofridos pelo paciente, mas também destaca a necessidade de revisão e aprimoramento dos protocolos médicos para evitar incidentes semelhantes no futuro.
Em suma, em um cenário onde a confiança na prestação de cuidados de saúde é essencial, casos como o de George Piano reforçam a necessidade contínua de garantir a segurança dos pacientes e a responsabilização quando ocorrem falhas.