Como calcular o salário de colaboradores intermitentes?
Uma empresa grande precisa de um bom número de funcionários, e quanto mais essa empresa cresce, mais funcionários ela precisa para manter todos os setores funcionando perfeitamente.
No entanto, existem momentos dentro de empresas que você precisa de trabalhadores para momentos específicos, e isso pode acontecer por vários motivos. Seja uma época do ano em que as coisas ficam mais movimentadas, seja para prestar um serviço muito específico o qual você não precisa o ano todo.
E para isso, a solução quase sempre é contratar um colaborador intermitente. Para quem não sabe, um colaborador intermitente é um tipo de trabalhador que presta apenas um serviço temporário para uma empresa. A ideia é que ele esteja protegido por todas as leis trabalhistas que existam por aí, mas sem fazer parte de fato da equipe da empresa.
A ideia é que mesmo sendo um emprego temporário, ou esporádico, o trabalhador não precise se sujeitar a propostas consideradas abusivas, de trabalhar por valores pequenos e abaixo do que é considerado justo perante a lei, e pela parte da empresa, acaba não existindo o vínculo empregatício, o que acaba sendo muito bom já que a burocracia por trás de se contratar um funcionário é cara e demorada.
Portanto, contratar um funcionário para prestar um serviço de, digamos, 3 semanas, poderia ser confuso, afinal, registrar alguém para um baralho de 3 meses é ruim tanto para a carteira de trabalho da pessoa quanto para o bolso da empresa, e não ter nenhum tipo de garantia perante a lei de que o trabalhador vai ser tratado bem e receber da maneira correta também acaba gerando riscos.
Mas isso pode fazer com que você pense: quanto deve receber um trabalhador como esse? Afinal, se ele vai trabalhar por um período de tempo específico, pode ser que esse período não seja perfeitamente um mês, logo, algum cálculo deve ser feito para saber qual é o valor correspondente ao seu tempo de trabalho.
E é exatamente disso que nós vamos falar hoje, e ensinar você trabalhador ou você dono de empresa qual é a forma certa de calcular os salários de um colaborador intermitente.
No que o cálculo é baseado?
A primeira grande dúvida que as pessoas têm em relação ao salário de um trabalhador intermitente, é qual a base usada para calcular. Sabemos que desde que a modalidade de trabalho foi criada em 2017, ela só vem crescendo, principalmente por ser um modelo que se adapta às necessidade das empresas, mas sem deixar de lado toda a segurança que um trabalhador deve ter.
Por ser uma modalidade nova, com apenas 5 anos de existência, existem aquelas pessoas que pensam que o salário deve ter suas próprias bases, diferente de como é para empresas CLT tradicionais, como se existisse algum piso ou teto para eles.
No entanto, ao invés de seguir por um caminho mais específico e diferenciar o valor que um trabalhador dessa modalidade deve receber, o governo optou por seguir parâmetros similares aos trabalhadores tradicionais.
Isso porque o cálculo comum para trabalhadores do regime intermitente é baseado no salário mínimo. A ideia por trás disso é que o trabalhador vai ganhar o equivalente pelo o que trabalhar levando em consideração o mesmo valor que trabalhadores regulares ganham.
Apesar do brasileiro não estar exatamente satisfeito com o valor atual do salário mínimo, para o trabalhador é de uma grande segurança saber que existe um mínimo a receber que ele é comparado aos trabalhadores que estão registrados normalmente.
O governo tinha como intenção evitar que empresas mal intencionadas se aproveitassem de funcionários muito necessitados e usassem de valores bem baixos para poder economizar.
Mas agora sabendo qual a base, vamos ensinar como fazer o cálculo, então para não se perder, tenha uma calculadora em mãos, seja ela física ou uma calculadora online valuation.
Como fazer o cálculo
O que devemos ter em mente primeiro, é o valor do salário mínimo, que atualmente é de 1.212 reais. Sabendo esse valor, temos que saber qual é a carga horária máxima permitida pelas leis brasileiras. E no caso, são 220 horas mensais de trabalho. Então devemos dividir 1.212 por 220, chegando ao resultado de 5,51, sendo esse o valor da hora trabalhada no Brasil.
Esse é o valor que o funcionário deve receber por cada hora trabalhada, e aí para saber o valor final deve-se levar em consideração quantas horas ele trabalhou por dia. Se por acaso ele trabalhou 6 horas por dia durante 5 dias da semana, em 3 semanas no mês, ele trabalhou o total de 90 horas, então multiplicamos 90 por 5,51, com o resultado sendo 495,90, sendo esse o valor que ele deve receber pelos dias trabalhados com o salário mínimo como base.
Claro que o funcionário pode ter um salário maior, e aí deve-se usar esse salário maior como a base.
Leia também: 10 dicas para tomar a frente no trabalho e gerar mais valor