Justiça realiza audiência de funcionário de Gal Costa que disse não receber salário

A Justiça do Trabalho conduziu a primeira audiência relacionada ao caso de Ed Wilson Aparecido, um homem que afirma ter trabalhado para a cantora Gal Costa, falecida em 2022, e sua viúva, Wilma Petrillo, sem ter recebido pagamento. A defesa de Wilma nega a existência de qualquer vínculo empregatício. As informações foram divulgadas no último sábado (8/3).

Conforme o depoimento de Ed, ele alegou ter trabalhado de fevereiro de 2019 até agosto de 2022, com um salário acordado de R$ 2.250 mensais, valor que nunca foi depositado. Suas funções incluíam tarefas domésticas, como limpeza da casa, jardinagem, e ocasionalmente ser motorista da cantora e cuidar dos veículos.

justica realiza audiencia de funcionario de gal costa que disse nao receber salarioGal Costa (Reprodução Instagram)

Detalhes do depoimento

Ed também mencionou que sua esposa trabalhava na casa e que a família vivia com o salário dela, que era em torno de R$ 4.500. Ele relatou que, durante o último ano da vida de Gal, nem ele nem a esposa receberam salários. Durante um período, afirmou que só recebia o valor da gasolina da irmã da viúva. O suposto funcionário parou de prestar serviços cerca de três a quatro meses antes do falecimento da artista.

Wilma Petrillo, que é a inventariante do espólio de Gal Costa e ré na ação, negou qualquer relação de trabalho com Ed. Em seu depoimento, afirmou que ele apenas frequentava a residência para buscar sua esposa e levar roupas para serem lavadas, sem um vínculo empregatício.

Testemunhas ouvidas

Durante a audiência, uma testemunha, que era auxiliar de limpeza, afirmou ter visto Ed no imóvel durante a semana e aos sábados. Ele também relatou ter observado o suposto colaborador saindo com Gal e Wilma, mas não soube identificar o carro que utilizavam.

Outra testemunha, uma assistente administrativa que trabalhou com Gal Costa por oito anos, disse que encontrou Ed realizando tarefas como aspirar a casa, limpar janelas e cozinhar. Ela comentou ainda que tinha a responsabilidade de pagar a esposa de Ed, mas não se recorda se também pagava o dele.

Próximos passos no caso

A Justiça solicitará informações a um aplicativo de transporte sobre um suposto cadastro de Ed. Se a resposta for positiva, será requisitado um relatório de viagens realizadas durante o período em que ele afirma ter trabalhado para Gal. A próxima audiência está agendada para abril de 2025, e o caso segue sem previsão de desfecho.

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