Demissões de fim de ano e possibilidade de greve em umas das 3 maiores TVs do Brasil
Em meio a um cenário instável no mercado televisivo, a Record enfrenta tempos difíceis em 2024 após um ano marcado por demissões e prejuízos milionários. Os bastidores da emissora indicam que cortes significativos estão a caminho, trazendo tensão e incerteza entre os funcionários. Nesta matéria, vamos explorar os detalhes dessa crise iminente e as medidas adotadas pela Record para lidar com as dificuldades financeiras.
A corda bamba nos estúdios da Record: cortes previstos e tensões crescentes
Na primeira quinzena de janeiro, a Record planeja dispensar pelo menos 32 funcionários, abrangendo diversas áreas, inclusive profissionais do vídeo com longa trajetória e salários elevados. O clima nos bastidores é de insegurança, amplificado pela sombra do passaralho que se aproxima.
Antecipando-se às repercussões, a emissora procurou o Sindicato dos Radialistas de São Paulo para negociar um acordo que evite uma greve da categoria, lembrando um episódio anterior de demissões em massa sem diálogo sindical. O clima entre os funcionários é tenso, e a Record busca maneiras de lidar com a tensão que se aproxima.
Os motivos por trás dos cortes: prejuízos milionários e política de redução de custos
O Grupo Record enfrentou um grande prejuízo em 2022, atingindo a marca de R$ 547,9 milhões. Vale destacar que, essa foi a primeira vez, nos últimos três anos, que a operação da emissora ficou no vermelho, destacando a urgência de medidas para conter os danos financeiros.
Pensando nisso, a Record vem adotando uma política de redução de custos no mercado televisivo. Nomes como Ana Hickmann, Rodrigo Faro, Luiz Bacci e Reinaldo Gottino estão em negociações para redução de salários, gerando rumores nos bastidores. A busca por economia também se estende à dramaturgia, com a emissora renegociando contratos, realizando demissões e buscando parcerias mais econômicas.
O futuro incerto da Record e demissões
A crise na Record reflete-se na renovação de contratos, como no caso de César Filho, que optou por não renovar, insatisfeito com os novos valores propostos. A concorrência, como a oferta do SBT, torna o cenário ainda mais desafiador para a emissora.
Além das demissões, a Record busca otimizar custos na produção, recentemente alterando a dinâmica do Casablanca Estúdios. A Místika assume a pós-produção, enquanto a Casablanca focará em operações, efeitos especiais, computação gráfica e produção virtual. Essa reorganização visa uma gestão mais eficiente diante das dificuldades financeiras.
Desafios e oportunidades para a Record em 2024
A Record enfrenta um período desafiador, marcado por demissões, negociações tensas e uma reconfiguração nos bastidores. O ano de 2024 se desenha como um teste significativo para a emissora, que busca equilibrar suas finanças e adaptar-se às mudanças no mercado televisivo. Ficaremos atentos aos desdobramentos dessa história, enquanto a Record busca superar os obstáculos e escrever um novo capítulo em sua trajetória televisiva.