Médico é suspeito de cometer crime contra pacientes com hemorroida

Proctologista acusado de abuso sexual enfrenta denúncias de pacientes em São Paulo

O médico proctologista Paulo Augusto Berchielli, de 63 anos, está sob intensa investigação e enfrenta denúncias graves de abuso sexual por pelo menos quatro pacientes em sua clínica, localizada no bairro do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo.

Duas das vítimas alegam terem sido estupradas pelo profissional após passarem por cirurgias para correção de hemorroidas em sua clínica. As alegações têm gerado indignação e reforçam a importância da proteção dos pacientes nas instituições de saúde.

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Médico é acusado de abuso sexual – Foto: Online Marketing via unsplash.com

Médico acusado de crime chocante

Segundo informações do portal Metrópoles, uma das pacientes, uma enfermeira de 47 anos, compartilhou detalhes perturbadores de sua experiência com o médico.

Ela afirmou que foi operada por Berchielli em agosto do ano passado e, logo após a cirurgia, foi estuprada enquanto ainda estava sob os efeitos da anestesia.

A paciente, ainda sob o efeito da anestesia, recordou flashes do médico a colocando de bruços na maca, onde sua cabeça bateu na parede. Após o abuso, ela vomitou e, ao recuperar a consciência dois dias depois, relatou sentir dores intensas na região anal.

A vítima relatou que procurou imediatamente a delegacia de polícia para registrar um boletim de ocorrência, compartilhando sua angustiante experiência com as autoridades.

No entanto, um fator perturbador surgiu durante as investigações: sua calcinha, peça de evidência vital, desapareceu e não foi submetida a análise, causando ainda mais angústia e desconforto à paciente.

Além disso, ela alegou que duas escrivãs da 5ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), localizada no Tatuapé, a humilharam com perguntas insensíveis e desrespeitosas durante o processo.

Ministério Público entra no caso

Após uma espera angustiante de aproximadamente um ano e meio, o Ministério Público solicitou novamente os resultados dos laudos periciais, e a calcinha da vítima, inexplicavelmente, reapareceu.

Surpreendentemente, a análise revelou a presença de sêmen, validando as alegações da paciente. A atitude questionável em relação à calcinha durante a investigação suscita preocupações sobre o tratamento das vítimas em casos sensíveis como esse.

Em meio à crescente indignação e escrutínio público, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) anunciou que está investigando as ações do médico.

Até o momento, o registro profissional de Paulo Augusto Berchielli permanece ativo no site do Cremesp, o que tem levantado questionamentos sobre a regulamentação e monitoramento da profissão médica.

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Foto: Reprodução/Site Cremesp

O que diz o advogado de defesa

O advogado de defesa do médico, Daniel Leon Bialski, rejeitou veementemente todas as alegações contra Berchielli.

Bialski afirmou que seu cliente é inocente e que sua conduta sempre foi guiada por princípios éticos e respeito pelos pacientes.

Ele enfatizou a reputação ilibada que Berchielli construiu ao longo de mais de 40 anos de carreira médica, atendendo a milhares de pacientes sem nenhuma ocorrência semelhante.

O caso ressalta a importância da proteção dos pacientes em ambientes médicos e destaca a necessidade de procedimentos transparentes e sensíveis em casos de abuso sexual.

Também lança luz sobre a necessidade de garantir que os registros profissionais dos médicos sejam regulamentados e monitorados de forma adequada para proteger o público.

A paciente que denunciou as alegadas agressões enfrentou uma jornada repleta de obstáculos, desde o trauma inicial até os desafios que surgiram durante a investigação.

Sua coragem em compartilhar sua história ilumina a necessidade de melhorias nos procedimentos que visam proteger vítimas de abuso sexual e garantir que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas.

A história de Paulo Augusto Berchielli está longe de ser encerrada, já que ele permanece foragido da justiça após um mandado de prisão ser emitido. O caso continua gerando preocupação e reflexão sobre a segurança dos pacientes nas instituições de saúde e a integridade do sistema de saúde em geral.

@metropolesoficial

📹 O médico proctologista Paulo Augusto Berchielli, de 63 anos, tentou comprar por R$ 20 mil o silêncio de uma enfermeira que o acusa de estupr0, segundo depoimento de um sobrinho da vítima à polícia, em agosto do ano passado. O crime teria ocorrido na clínica de Berchielli, no Tatuapé, zona leste de São Paulo. #TikTokNotícias

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