Por que torcedores do Cruzeiro processaram o estádio do time rival?

Polêmico clássico mineiro aconteceu no último domingo (22)

O polêmico clássico entre os times mineiros, Atlético-MG e Cruzeiro, continua rendendo discussões e agora chegou aos tribunais.

Após uma partida repleta de controvérsias, torcedores cruzeirenses ingressaram com processos legais contra a Arena MRV, o estádio do maior rival, alegando violações ao Código de Defesa do Consumidor e à Lei Geral do Esporte. A disputa, realizada em 22 de outubro, envolveu uma série de incidentes que levaram os torcedores a buscar reparação.

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Torcedores do Cruzeiro – Foto: Reprodução

Torcedores do Cruzeiro alegam danos materiais e morais

Entre os processos, um empresário do bairro Barroca, em Belo Horizonte, protocolou uma ação buscando uma indenização de R$ 15.180,00, alegando danos materiais e morais.

Da mesma forma, um advogado do bairro Floramar, também em BH, apresentou um processo em que pede R$ 10.090,00 de indenização moral.

Ambos se fundamentam na Lei Geral do Esporte para reivindicar seus direitos como consumidores, argumentando que os danos ocorreram devido a ações da Arena MRV.

Os autores dos processos alegam que os incidentes resultaram de atitudes da Arena MRV, incluindo a retirada das portas dos banheiros, a falta de água potável, a ausência de papel higiênico e sabonete, tornando a experiência no estádio insatisfatória.

O embate entre Atlético-MG e Cruzeiro já era esperado como um evento tenso, mas as circunstâncias que cercaram o clássico fizeram com que a rivalidade ultrapassasse as quatro linhas.

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Torcedores alegam que a Lei Geral do Esporte foi desrespeitada – Fonte: Reprodução/Montagem

Problemas já antes do jogo

O confronto começou com problemas desde o pré-jogo, quando as portas dos banheiros foram retiradas, gerando críticas e desconforto entre os torcedores.

Além disso, a proibição da venda de bebidas alcoólicas, imposta pelos anfitriões do jogo, provocou descontentamento entre os torcedores do Cruzeiro. O clima já estava tenso antes mesmo do início da partida.

Durante o jogo, além das portas e bebedouros faltando, a torcida cruzeirense teve que lidar com a falta de álcool, mas o Atlético-MG também se viu envolvido em controvérsias.

O clube da casa alegou que funcionários da Arena MRV foram ameaçados, e uma assistente de limpeza teve que repor papel higiênico cercada por seguranças, conforme relatou o CEO do clube, Bruno Muzzi.

Dentro de campo, a vitória do Cruzeiro na primeira partida do clássico na nova arena do arquirrival foi celebrada pelos torcedores e pelo próprio clube, que até pendurou uma bandeira na mesa de entrevistas durante a coletiva pós-jogo.

Em resposta, o Atlético-MG optou por desligar o sistema de som, forçando os jornalistas a ficarem mais próximos dos entrevistados, o que criou mais tensão.

A Arena MRV, nas redes sociais, publicou fotos dos danos causados por torcedores visitantes, incluindo mais de 150 cadeiras quebradas, alarmes e câmeras de segurança destruídos, e até mesmo entupimento proposital de privadas.

O clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro, uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro, continua a gerar debates e disputas, e os processos na Justiça são o mais recente capítulo dessa história.

Enquanto a rivalidade esportiva é parte intrínseca do futebol, é essencial que os eventos sejam conduzidos com respeito às leis e à segurança dos torcedores.

O desfecho dos processos contra a Arena MRV será acompanhado de perto por aqueles que buscam a responsabilização pelas alegadas violações das leis do consumidor e do esporte.

Os eventos que cercaram o último clássico mineiro servem como um lembrete da importância de manter um ambiente seguro e respeitoso nos estádios de futebol.

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