FAÇA ISSO para conseguir GUARDAR DINHEIRO
Seu sonho é guardar dinheiro para uma ocasião específica ou , até mesmo, para emergências? Veja essas dicas e aprenda a guardar dinheiro
Você quer aprender a guardar dinheiro todos os meses? Tem como objetivo, em algum momento, fazer a compra de um imóvel ou, até mesmo, quer ter sempre uma reserva de emergência, afinal, imprevistos acontecem?
Seu objetivo de guardar dinheiro a longo prazo requer uma estratégia de investimento alinhada com seus planos e prazos.
Então veja essas dicas valiosas para aprender a poupar e investir seu dinheiro com segurança e responsabilidade.
Quer guardar dinheiro? Aprenda a investir!
Para aprender a investir bem o seu dinheiro é fundamental criar uma carteira de investimentos diversificada e adequada. Lueny Santos, planejadora financeira do programa “Papo com Especialista” enfatiza, em reportagem ao UOL: “Todos os investimentos possuem vantagens e desvantagens. Não há uma opção única no mercado. O que importa é a adequação às suas metas e perfil.”
Fatores a considerar antes de investir
A seleção dos ativos deve considerar dois aspectos cruciais:
- Sua capacidade de investimento, que está intrinsecamente ligada a seus projetos e prazos.
- Sua disposição para riscos, relacionada ao seu perfil de investidor. É vital compreender o quanto você se sente confortável em assumir riscos, sua experiência e familiaridade com investimentos, bem como o tempo que pretende dedicar a eles.
Identificando os elementos de sua carteira. Após avaliar seu perfil e capacidades, torna-se necessário entender as diferentes classes de ativos e como elas se encaixam em sua carteira.
“É fundamental compreender sua verdadeira disposição para assumir riscos, pois isso ajudará a filtrar suas escolhas de investimento“, destaca Lueny Santos.
Estruturando sua carteira de investimentos
É essencial compreender os diversos tipos de investimentos que comporão sua carteira. Embora a distinção mais simples seja entre renda fixa e variável, existem outras categorias importantes a considerar. O ideal é segmentar entre renda fixa, proteção contra inflação, multimercado, renda variável e investimentos globais. Lueny esclarece: “O ponto crucial é compreender quais ativos compõem cada classe.”
Defina as proporções de cada ativo e mantenha essa distribuição. Embora você continue investindo mensalmente, faça-o de acordo com seu perfil. Se perceber que algum ativo excede o valor definido em sua estratégia, reequilibre sua carteira, redistribuindo recursos para outros ativos.
Risco e retorno: uma conexão intrínseca. Em geral, buscar maior retorno implica assumir maior risco, e vice-versa. No entanto, mais do que focar apenas na rentabilidade, é crucial considerar sempre seus objetivos e perfil para tomar decisões apropriadas sobre a alocação de recursos.
“A chave é encontrar o investimento mais adequado a você, baseado em suas metas e perfil, em vez de buscar o que é considerado o melhor no mercado”, ressalta Lueny Santos.
Guardar dinheiro a longo prazo requer planejamento e estudo também!
Classes de investimento
Renda fixa: Essencialmente, você empresta recursos a governos, bancos ou empresas. “Dentro dessa classe, há diferentes níveis de risco. Títulos públicos têm menor risco em comparação a produtos corporativos, como debêntures”, explica Lueny.
Diversificação é a chave. Determine a alocação de recursos entre renda fixa, proteção contra inflação, multimercado, renda variável (ações e Fundos de Investimento Imobiliário – FIIs) e investimentos globais.
Ajustando sua estratégia para guardar dinheiro, ao longo do tempo. Mudanças em seu perfil, fase de vida e prazos dos projetos podem impactar sua carteira. A tomada de decisão não deve ser ditada pelas oscilações momentâneas do mercado.
O objetivo principal da diversificação é alcançar um retorno real de cerca de 4% ao ano acima da inflação, ideal para investimentos de longo prazo.
Renda fixa: Produtos categorizados com base na forma de remuneração.
- Pós-fixados: Rentabilidade vinculada a taxas, como CDI (semelhante à taxa Selic). Exemplos: CDB, LCI, LCA, debêntures, CRI, CRA e fundos de crédito privado.
- Prefixados: Rentabilidade fixa. Exemplos: Tesouro Prefixado, CDB, LCI, LCA, debêntures, CRI, CRA e fundos prefixados.
- Proteção contra inflação: Rentabilidade ligada à inflação (IPCA) para preservar poder de compra. Exemplos: Tesouro IPCA, crédito privado atrelado à inflação, fundos de inflação e ETFs de inflação.
Fundos multimercado: Amplia a diversificação da carteira. Estratégias variam quanto ao risco. Investimentos em diferentes estratégias ajudam a atingir a rentabilidade desejada.
Renda variável (ações e FIIs): Você adquire participação em empresas ou empreendimentos imobiliários. Investir pode ser ativo, passivo ou sob gestão própria.
Investimentos globais: Oferecem diversificação e proteção contra crises. Commodities e moedas podem diferir em rendimento de ações e fundos. Equilibrar a carteira em momentos de volatilidade é crucial.
“Não é necessário investir em ações para alcançar sua meta de R$ 1 milhão. A decisão deve se alinhar às suas características individuais”, adverte a planejadora financeira.
Como gerenciar sonhos financeiros
Priorize metas: Se seus aportes mensais não cobrem todos os objetivos, identifique as prioridades.
Consistência é chave: Invista regularmente. O crescimento não ocorre com um único investimento; requer aportes constantes.
Cuidado com a diluição excessiva: Distribuir muito os recursos pode atrasar a realização de sonhos, desmotivando você.
Quando aumentar alocação em ações?
Para objetivos a longo prazo (mais de cinco anos), mais risco pode ser considerado. Crises momentâneas tendem a ser superadas pelo retorno a longo prazo.
A renda variável não garante retorno. Fatores macroeconômicos afetam preços das ações. Cautela é necessária. Aumentar exposição à renda variável a longo prazo pode ser vantajoso. Defina claramente essa proporção e evite reações baseadas em comportamentos de outros investidores.
Não seja guiado somente pelo mercado. Evite investir mais simplesmente porque o mercado está em alta.
Como direcionar seus investimentos mensais?
É possível destinar seu dinheiro todos os meses para diversas opções de investimento (ações, CDBs, fundos, etc.). No entanto, quando se trata de títulos (CDB, LCI, LCA, debêntures, CRI, CRA), a disponibilidade de produtos pode variar mês a mês. Por exemplo, um mês pode oferecer um CDB do banco X, enquanto no próximo esse título pode não estar disponível.
Como ressalta a especialista, “Contudo, o ativo CDB continuará existindo. O que muda são suas características, como o emissor do banco, prazo e rentabilidade.”
No que diz respeito aos fundos, é importante prestar atenção no valor mínimo para investir. Alguns fundos podem exigir aportes mínimos de R$ 1.000, enquanto outros podem requerer R$ 5.000, por exemplo. Isso significa que você não poderá investir menos do que esses valores a cada mês.