Pelé e outros jogadores do Brasil ganharam fuscas comprados com dinheiro público por Maluf
Neste sábado, celebramos o Dia do Fusca relembrando um capítulo curioso da história brasileira que envolve o tricampeonato mundial da seleção em 1970 e o ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf. Prepare-se para mergulhar em uma história repleta de curiosidades e polêmicas, onde Fuscas verdes se tornaram protagonistas de uma homenagem inusitada.
A homenagem: Fuscas para a Seleção com dinheiro público
No calor da conquista do tricampeonato mundial em 1970, o então prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, decidiu presentear os jogadores com nada menos que 25 Fuscas verdes. A iniciativa, que tinha o intuito de agradecer à seleção, gerou controvérsias, pois a compra dos veículos foi feita com dinheiro público destinado à construção de edifícios.
O “Projeto Volkswagen” e a polêmica
Batizado de “projeto Volkswagen”, a proposta foi aprovada pela Câmara Municipal com 10 votos a favor, enquanto outros sete se opuseram. A homenagem, vista por alguns como uma estratégia para melhorar a imagem de Maluf, acabou gerando vaias meses antes, quando o prefeito foi vaiado por mais de 100 mil pessoas durante um jogo no Morumbi.
A condenação e a defesa de Maluf
Em 1981, o Superior Tribunal Federal (STF) condenou Paulo Maluf a ressarcir o valor gasto com os Fuscas do próprio bolso. No entanto, o ex-prefeito negou e afirmou que faria tudo novamente, argumentando que a homenagem partiu do povo de São Paulo. Somente em 1996 a decisão foi revogada, com base em uma lei municipal que respaldava a compra dos carros.
A festa e os Fuscas verdes no Ibirapuera
O ápice da celebração foi a festa promovida por Maluf para receber a Taça Jules Rimet em 21 de julho de 1970. Os carros, alinhados na marquise do Ibirapuera, cada um com uma etiqueta identificando o jogador correspondente, proporcionaram um cenário peculiar. O ex-prefeito discursou, destacando a importância do gesto para uma cidade com seis milhões de trabalhadores.
Futebol e política
Em meio ao colorido cenário verde musgo dos Fuscas alinhados na marquise do Ibirapuera, a festa promovida por Paulo Maluf ganhou contornos épicos. Cada carro, meticulosamente etiquetado com o nome do jogador e o número da camisa usada na Copa de 1970, transformou-se em um testemunho visual da homenagem controversa. Naquele 21 de julho de 1970, o “projeto Volkswagen” atingiu seu ápice, e o ex-prefeito discursou sobre a grandiosidade da cidade de São Paulo, destacando-a como uma homenagem do povo aos heróis da seleção. Uma celebração que misturou futebol, política e a emblemática cor verde dos Fuscas.
Um capítulo inusitado na história do Fusca e do futebol brasileiro
O Dia do Fusca ganha um toque especial ao relembrarmos essa história singular que mistura futebol, política e um presente um tanto inusitado. Paulo Maluf, com sua iniciativa controversa, eternizou os Fuscas verdes como símbolos de uma homenagem curiosa e polêmica. Afinal, quem poderia imaginar que um título mundial seria comemorado com carros populares e dinheiro público?