Hipermercado brasileiro causa TUMULTO na França: eles não querem!
Moradores, trabalhadores e políticos protestam contra a instalação de hipermercado brasileiro conhecido em cidade da França. O impasse continua!
A chegada do varejista Atacadão (do grupo Carrefour) à França tem gerado muita polêmica e discussão entre boa parte da população local e políticos de esquerda.
Além de ameaçar centenas de empregos, o empreendimento causaria impactos extremamente negativos tanto na questão da saúde quanto do ambiente.
Para saber em detalhes por que os franceses se opõem à instalação do “Atacarejo”, continue a leitura e confira!
Barrada rede Atacadão na França
A gigante Carrefour vem travando uma batalha acirrada quanto aos seus planos de instalar uma unidade da rede Atacadão em Aulnay-sous-Bois, uma comuna que fica situada a cerca de trinta minutos de Paris, capital da França.
Embora a intenção seja implantar a unidade até 2024, ainda não existe uma unanimidade, sobretudo entre determinados políticos e cidadãos.
Na verdade, recentemente, o Carrefour havia se deparado com uma tentativa frustrada, visto que a instalação da unidade do Atacadão foi barrada em uma cidade vizinha, Sevran.
Ao contrário de Sevran, o prefeito de Aulnay-sous-Bois é favorável à ideia, no entanto, boa parte da população e políticos de esquerda se mostram bastante resistentes e contrários ao projeto.
Inclusive, um abaixo-assinado está em circulação online, lançando uma petição nomeada “NÃO AO ATACADÃO”, o qual é liderado por políticos, organizações sindicais, trabalhadores e habitantes locais.
Conheça as objeções ao projeto
De acordo a petição na internet, é um projeto inviável em razão do risco de redução de oportunidades de emprego, salários mais baixos, maior circulação de veículos, além de um modelo de consumo que afeta os protocolos ambientais e de saúde.
Uma das principais objeções refere-se à questão que a instalação do “Atacarejo” teria reflexo direto na qualidade de vida, emprego e economia local, além de trazer consequências desastrosas aos comerciantes da região.
E mais importante: esse projeto de baixo custo afetaria a oferta comercial dos habitantes, além de ameaçar a sustentabilidade, tema pelo qual todos trabalham há anos.
Outro ponto levantado pelos oposicionistas é que o modelo econômico vende apenas produtos no atacado, mesmo o Carrefour informado que irá se adaptar ao mercado francês, e sem mencionar na falta de diversidade dos produtos.
Os argumentos apresentados no abaixo-assinado são os mesmos defendidos pelo prefeito de Sevran, o qual obteve êxito, uma vez que ele conseguiu a proibição da instalação do Atacadão na cidade.
Além disso, conforme uma reportagem divulgada no jornal Le Parisien, houve uma discussão na câmara municipal de Aulnay-sous-Bois, onde o prefeito foi acusado de ter sido contencendente, ou seja, ter aceitado com muita facilidade a instalação do mercado, apesar de todos os problemas envolvidos.
Vale ressaltar que o Carrefour adquiriu o Atacadão no ano de 2007, e como parte de seu plano para superar a inflação, anunciou em novembro de 2022 sua chegada à França no ano seguinte.
Alexandre Bompard, presidente do Carrefour, afirmou que a implantação do Atacadão é algo que a empresa deve aos seus clientes, sendo a melhor solução anti-crise.
Porém, dependendo do resultado do abaixo-assinado, talvez ele tenha que adiar seus planos ou se adequar às demandas.