ESCÂNDALO DAS PASSAGENS: justiça se pronuncia e CONFUSÃO CONTINUA

Empresa começa a ser responsabilizada por cancelamento das passagens

O escândalo da 123milhas tem causado um enorme impacto em toda a população brasileira. Muitas pessoas viram os seus sonhos de viajarem com suas respectivas famílias e amigos irem por água abaixo.

Porém, é um caso que causa enormes desdobramentos em sequência, inclusive na esfera judicial, em que a empresa poderá sofrer com constantes condenações por conta do cancelamento das viagens promocionais.

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Reprodução / Free Pik

Por exemplo, a empresa teve nesta quinta-feira sua primeira grande derrota na justiça, ao ter suas contas bloqueadas.

A decisão foi tomada pela 7ª vara cível de Ribeirão Preto, que determinou o bloqueio de R$ 44 mil nas contas da companhia, valendo como ressarcimento para dois clientes que haviam comprado cinco passagens, indo de São Paulo para Madrid, na Espanha.

A compra dos bilhetes havia sido em outubro do ano passado, e este valor bloqueado diz respeito no que necessitaria ser investido na aquisição de novas passagens, com embarque para este mesmo mês e um retorno dentro de 15 dias.

Este valor é cinco vezes maior que o pago nas cinco passagens, já que o investimento inicial havia sido de R$ 7.650,00.

O escândalo se acentuou após o comunicado da empresa divulgado na semana passada, em que a mesma anunciou que iria parar de emitir os bilhetes da linha “Promo”, o que causou revolta e decepção entre os portadores das passagens.

Para isso, em substituição, seriam emitidos alguns vouchers para os seus clientes. No entanto, o advogado dos vencedores da ação mencionou o fato desta prática ser considerada bastante abusiva por parte da companhia, “haja vista ser direito do consumidor ver o seu dinheiro restituído com juros e correção monetária para dele fazer o uso que quiser”.

Foi emitido também um pedido de apreensão dos passaportes dos donos da 123milhas, no entanto a juíza declarou o mesmo indeferido.

A justiça tem agido com constância e dado condições aos clientes de conseguirem suas vitórias judiciais em cima da 123milhas, que vem sofrendo condenações com constância ao longo dos últimos dias.

Para piorar, os vouchers que a empresa disse que iria emitir, seriam cobrados em até 150% acima do CDI, além de juros acima da inflação e também dos juros de mercado. Ou seja, o consumidor não viaja e ainda tem que pagar mais caro. Com certeza isso configura uma prática abusiva por parte da companhia de viagens.

Empresa justificou cancelamento das passagens

A decisão do cancelamento dos bilhetes foi tomada pela 123 milhas, que justificou dizendo que os cancelamentos ocorreram por “persistência de circunstâncias de mercado adversas, alheias à nossa vontade”.

Por conta disso, diversas pessoas viram o sonho de viajar para os mais diversos cantos do planeta ir por água abaixo.

Diversas famílias têm aparecido na grande mídia televisiva e na internet reclamando do ocorrido com a empresa de milhagens, que pode ver os seus donos sofrerem grandes consequências judiciais e políticas por conta dos seus atos.

Vale lembrar que é possível que uma CPI convide os donos da empresa para se justificarem por conta do ocorrido, fazendo com que a situação dos mesmos possa se complicar ainda mais.

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