Artistas vendem catálogos musicais e lucram fortunas
(AI-generated image created by RDO)Recentemente, o mercado musical tem presenciado uma onda de artistas que vendem seus catálogos musicais, embolsando fortunas em um processo que vai além do simples talento. Fátima Pissarra, proprietária da Mynd e especialista em agenciamento artístico, detalhou como é feita a precificação das obras e o motivo pelo qual elas estão sendo valorizadas de maneira significativa.
O processo para manter um artista no topo das paradas não é barato. Normalmente, os contratos incluem a cláusula de advance, que é um adiantamento dos royalties que a obra irá gerar. Após o sucesso do lançamento, o artista devolve esse valor à gravadora, podendo então começar a lucrar com seu trabalho. Além disso, a valorização de um hit pode impulsionar o valor de músicas menos conhecidas dentro do catálogo do artista.
Fátima explica que, quanto mais uma música faz sucesso, mais o perfil do artista se valoriza, refletindo no preço de suas outras canções. Isso se aplica a todas as plataformas digitais, onde o valor total da obra se eleva. Quem compra um catálogo musical analisa a arrecadação proveniente de plataformas como Spotify e Deezer. Quanto mais uma música toca, mais a renda total do artista aumenta, destaca.
Como exemplo, Fátima menciona a artista Luísa Sonza e sua canção Chico, do álbum Escândalo Íntimo (2023). Sozinha, essa música pode valer cerca de R$ 10 milhões para venda dos direitos. A quem adquiriu esses direitos, cada vez que a canção tocar em qualquer lugar do mundo, haverá retorno financeiro, explica.
Márcio Menegatti, advogado e CEO da Província, também compartilha insights sobre a importância do ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Ele detalha como a instituição arrecada e distribui direitos autorais, e a necessidade de contratos que definem a porcentagem que cada criador receberá. A distribuição e os direitos autorais podem ser negociados, levando em conta o tipo e a frequência da utilização da música, afirma.
Menegatti ainda lista fatores que influenciam a precificação das obras: tipo de utilização (ao vivo ou mecânica), grau de utilização (diário, mensal ou anual), e a região socioeconômica do público-alvo. Todos esses elementos ajudam a determinar o valor final de uma música ou de um conjunto de obras de um autor.
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