Brasileiros traficados no Mianmar retornam ao Brasil
Phelipe Ferreira e Luckas Kim Viana chegaram a São Paulo após quase cinco meses de cativeiro no Mianmar. O retorno dos jovens, que foram vítimas de uma cruel rede de tráfico humano, marcou um capítulo de esperança em suas vidas.
Desde o final do ano passado, a história de Phelipe, 26, e Luckas, 31, conquistou a atenção do público brasileiro. Nesta quarta-feira (19/2), eles finalmente puderam se reunir com suas famílias, em um reencontro repleto de emoção e alívio.
Phelipe Ferreira, Luckas Viana e família (Reprodução/G1)O horror enfrentado pelos brasileiros
A saga angustiante de Phelipe e Luckas começou em outubro do ano passado, quando foram atraídos por uma falsa proposta de emprego em uma empresa chinesa. O que parecia uma oportunidade promissora se transformou em um pesadelo, pois ambos foram forçados a se tornarem parte de um esquema de fraude, enganando outros brasileiros.
Submetidos a condições desumanas, os jovens enfrentaram meses de tortura e trabalho forçado. Eles foram forçados a aplicar golpes, utilizando suas imagens nas redes sociais como modelos asiáticos, enquanto eram agredidos e torturados. A ONG Exodus Road foi fundamental para o resgate deles, que estavam refugiados em Bangkok, na Tailândia, enquanto aguardavam a emissão de novos passaportes.
Detalhes do resgate e do retorno
Os brasileiros desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos por volta das 16h. Phelipe compartilhou nas redes sociais as atrocidades que viveram durante o cativeiro. Em seu relato, ele revelou que os torturadores usavam eletrochoques para forçá-los a seguir o esquema de fraudes.
Durante quatro dias, eu escrevi o script da modelo que ia usar para aplicar os golpes. Cuidado, se algum modelo de Bangkok ou Taiwan entrar em contato com vocês, não confiem, alertou Phelipe, que busca conscientizar outras pessoas sobre os perigos desse tipo de golpe.
Um reencontro emocionante
O retorno de Phelipe e Luckas ao Brasil simboliza não apenas a liberdade, mas também a possibilidade de recomeçar. O reencontro com as famílias foi um momento de grande alegria e emoção, após meses de incerteza e sofrimento. A luta contra o tráfico humano continua, e suas histórias servirão para alertar outros sobre os riscos envolvidos.
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A luta contra o tráfico humano é uma questão crucial que requer a atenção de todos. Se você ou alguém que você conhece pode ser afetado por essa situação, busque informações e fique alerta. A conscientização é a primeira linha de defesa.