Caso Ingrid Guimarães: Entenda o que é downgrade e seus direitos
A humorista Ingrid Guimarães passou por uma situação desconfortável durante um voo internacional, levantando questões sobre os direitos dos passageiros. Em seu perfil no X, ela compartilhou a experiência de ter sido realocada da classe Premium Economy para a econômica pela American Airlines, o que gerou indignação e preocupação sobre possíveis violações de direitos.
Para esclarecer os aspectos legais dessa situação, consultamos o advogado especialista em direito do consumidor, Dr. Tiago Juvêncio. Segundo ele, o que ocorreu com Ingrid é um exemplo clássico de downgrade, que é a prática de realocar um passageiro para uma classe inferior àquela que foi comprada. Nesse tipo de caso, o consumidor tem o direito de solicitar o reembolso da diferença entre as tarifas e pode também reivindicar compensações financeiras, além da possibilidade de remarcação ou reembolso integral, detalha o advogado.

Como se proteger de situações de downgrade
Embora a companhia aérea tenha a prerrogativa de realocar passageiros em casos excepcionais, como problemas técnicos ou superlotação, isso deve ser feito com transparência e justificação adequada. Dr. Tiago ressalta que a American Airlines pode ser responsabilizada não só por danos materiais, mas também por danos morais, especialmente se o tratamento dispensado ao passageiro foi desrespeitoso. A forma como as interações ocorreram, com frases ofensivas, pode ser considerada uma conduta abusiva, explica.
Além disso, a falta de explicações claras e a prioridade dada a outro passageiro, mesmo em uma situação de emergência, podem configurar um tratamento desigual. O advogado enfatiza que, em casos de abuso, os passageiros têm o direito de buscar reparação judicial. Ameaças a todos os passageiros para justificar a conduta podem ser vistas como desproporcionais e sem respaldo legal, completa.
Documentação e denúncia
Para garantir seus direitos, é crucial que os passageiros documentem qualquer ocorrência relacionada a mudanças de classe. Isso inclui tirar fotos, gravar vídeos e manter registros de e-mails ou mensagens trocadas com a companhia aérea. O Dr. Tiago recomenda ainda que se busquem testemunhas e que se formalize uma queixa junto à ANAC e ao Procon. Essas ações são essenciais para proteger seus direitos e facilitar qualquer processo de reparação, diz.
O caso de Ingrid Guimarães evidencia a necessidade de os consumidores estarem cientes de seus direitos em situações de downgrade ou práticas abusivas. As companhias aéreas têm a obrigação de agir com respeito e transparência, ou poderão enfrentar consequências legais. O passageiro deve sempre se resguardar e buscar os canais apropriados para reivindicar seus direitos.
O posicionamento da American Airlines
A American Airlines se pronunciou sobre a situação, afirmando que seu objetivo é proporcionar uma experiência de viagem segura e agradável a todos os passageiros. A companhia anunciou que um membro da equipe está em contato com Ingrid para entender melhor sua experiência e buscar uma solução para a questão.
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