Desrespeito à tradição: Escolas de samba usam homens na ala das baianas

A tradicional ala das baianas, um dos maiores patrimônios do Carnaval carioca, tem enfrentado um desrespeito crescente por parte das escolas de samba do Rio de Janeiro. Eudoxia Balbino, gestora do grupo cultural Baianas do Samba, denunciou que algumas agremiações têm utilizado homens na ala, o que fere a essência e a tradição dessa representação feminina. Segundo Eudoxia, a prática de leiloar baianas também tem sido adotada, visando evitar remunerações justas às mulheres que desfilam.

Criei o grupo com a finalidade de valorizar e resgatar o respeito pelas baianas. Antigamente, se tomava a bênção das baianas em sinal de respeito. Hoje se oferece um copo de cerveja e um trocado pra desfilarem, detalhou Eudoxia sobre a situação atual.

desrespeito a tradicao escolas de samba usam homens na ala das baianas (Homens desfilaram na ala das baianas da Caprichosos de Pilares / Foto: Reprodução)

O surgimento do problema

Eudoxia explica que os problemas começaram há pouco mais de dois anos, quando grupos de baianas se organizaram para exigir remuneração após os desfiles. Muitas delas gastam dinheiro do próprio bolso para montar as fantasias e participar dos ensaios. No entanto, as disparidades de pagamento entre as escolas resultam em um verdadeiro leilão para ver quem paga mais: O que questiono é a falta de critério, causando um enorme desconforto com as agremiações menos favorecidas. Os valores variam de R$ 30,00 a R$ 150,00, o que gera uma competição desleal, enfatizou.

Vale destacar que essa situação não ocorre entre as agremiações do Grupo Especial, onde estão as principais escolas do Carnaval, mas sim em escolas da Série Ouro e nas que desfilam na Intendente Magalhães.

A utilização de homens na ala das baianas

Com a prática de leiloar as baianas, algumas escolas têm recorrido a homens para completar o número exigido de integrantes na ala. É importante ressaltar que essa prática é proibida nos desfiles da Marquês de Sapucaí, mas permitida na Intendente Magalhães. Em 2024, vídeos viralizaram nas redes sociais mostrando que na ala das baianas da Caprichosos de Pilares havia mais homens do que mulheres, resultando em um desempenho insatisfatório da escola, que acabou rebaixada à série Bronze do Carnaval.

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A questão da ala das baianas no Carnaval é uma reflexão sobre a importância de respeitar tradições e valorizar as mulheres que representam essa cultura rica. Compartilhe essa mensagem e ajude a promover o respeito e a valorização das baianas!

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