Especialista orienta sobre a associação de gênero na criação dos filhos
Recentemente, o cantor Zé Felipe defendeu sua filha, Maria Alice, por gostar de vestir fantasias de super-heróis e afirmou que fará o mesmo com seu caçula, José Leonardo. Essa declaração trouxe à tona a discussão sobre a criação dos filhos em relação à associação de gêneros.
No início desta semana, Zé Felipe compartilhou suas opiniões sobre a educação dos filhos com a influenciadora Virginia. Ele declarou que não se importa que Maria Alice, de 3 anos, use fantasias consideradas masculinas e que apoiará José Leonardo caso ele queira brincar com bonecas. A fala do artista gerou repercussão e, para entender melhor como os pais podem lidar com essa questão, procuramos o psiquiatra e psicoterapeuta Saulo Ciasca, que explicou o tema com clareza.

A Importância da Diversidade
Segundo Dr. Saulo, a diversidade é uma característica da natureza humana. A partir do momento em que nos desenvolvemos, percebemos nossas preferências pessoais, que são influenciadas por fatores biológicos e genéticos. As crianças devem ser expostas a diferentes estímulos para que possam descobrir o que realmente gostam, afirmou.
O especialista enfatizou que tentar reprimir os gostos de uma criança pode causar confusão e problemas de autoestima. Não é possível fazer uma pessoa deixar de gostar de algo que ela descobre que realmente aprecia. Se uma criança é reprimida em suas preferências, pode acabar se sentindo insegura e diminuída, alertou.
Dr. Saulo também destacou que impor normas de gênero, como cores ou brinquedos, não muda as preferências naturais da criança. Uma criança pode até tentar se adaptar, mas se um menino for forçado a não brincar com bonecas, por exemplo, ele pode acabar fazendo isso em segredo, criando uma persona falsa que gera ansiedade e desgaste emocional, explicou.
O processo de formação das preferências de uma criança pode mudar com o tempo. As vontades e interesses das crianças evoluem à medida que elas crescem, e isso é parte do desenvolvimento normal da personalidade, acrescentou o psiquiatra.
Dr. Saulo também abordou a frustração que alguns pais podem sentir quando os filhos não correspondem às expectativas que têm em relação a gênero. É comum que os pais vivam um luto quando suas expectativas não se realizam. O amor verdadeiro consiste em aceitar os filhos como eles são, e não como se gostaria que fossem, concluiu.
Por fim, o especialista ressaltou que, embora a formação da personalidade seja importante, os limites também devem ser estabelecidos. Educar sobre comportamentos adequados e normas sociais é essencial. Ensinar uma criança a não jogar lixo no chão, por exemplo, é parte da educação, e não tem relação com a personalidade, finalizou.
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