Medidas de Trump e os direitos transgêneros globalmente

Desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump implementou uma série de medidas que têm afetado diretamente os direitos das pessoas transgênero. Essas ações não apenas limitam os direitos no país, mas também reverberam globalmente, impactando a luta por igualdade em diversas nações.

De acordo com especialistas e ativistas do movimento trans, o chamado Efeito Trump pode influenciar significativamente a situação dos direitos trans no Brasil e em outros países. As repercussões dessas medidas são amplas e preocupantes, com um aumento da retórica anti-trans que pode ser explorada por movimentos conservadores em várias partes do mundo.

medidas de trump e os direitos transgeneros globalmente Washington Post/Reprodução

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Erika Hilton, deputada federal, é uma das vozes que se levantam contra as políticas de Trump.

Impactos diretos das políticas de Trump

No final de janeiro, Zaya Perysian, uma influenciadora trans dos EUA, relatou uma experiência frustrante ao receber um passaporte que não refletia sua identidade de gênero, mesmo após ter todos os documentos retificados. Essa mudança se deu após um decreto de Trump que afirma que o país reconhece apenas dois gêneros: masculino e feminino. Esse tipo de ação é um reflexo da exclusão que muitos enfrentam e levanta questões sobre a validade dos direitos das pessoas trans.

Além disso, o governo dos EUA removeu a sigla LGBT de seu vocabulário oficial, adotando apenas LGB, o que exclui a letra T, simbolizando uma negação da existência de aproximadamente 2 milhões de pessoas trans no país. Zaya expressou indignação nas redes sociais, afirmando que esse movimento demonstra um desinteresse do governo em atender essa população marginalizada.

O Efeito Trump global

As políticas de Trump têm um efeito dominó, afetando não apenas os direitos nos EUA, mas também inspirando uma onda de retrocessos em outros países. Recentemente, Trump assinou um decreto que proíbe mulheres trans de competir em categorias femininas em esportes, desafiando o direito à inclusão e à equidade. Essa ação incita um clima de hostilidade que pode ser exportado para outras nações, como o Brasil, onde a luta pelos direitos trans já enfrenta desafios significativos.

A deputada Érika Hilton alertou para o potencial impacto global do discurso de Trump, enfatizando que movimentos de ódio podem ser alimentados pela retórica de líderes como ele. Estamos monitorando como aqueles que desprezam as minorias sociais no Brasil e no mundo se comportarão para tentar usar o legislativo a seu favor, disse Hilton, ressaltando que a situação é crítica e requer vigilância constante.

Desafios no Sul Global

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) destacam que a dependência de recursos internacionais é uma realidade para muitas organizações que atuam em defesa dos direitos trans. Com o corte de verbas por parte do governo dos EUA, essas iniciativas ficam sem suporte, deixando as populações vulneráveis ainda mais desamparadas.

Os especialistas também alertam sobre o aumento dos crimes de ódio contra pessoas trans, que podem ser incentivados pela normalização do discurso de ódio. O Brasil, tristemente, é conhecido por ser o país que mais registra assassinatos de pessoas trans no mundo, com 122 casos apenas em 2024.

Resiliência e resistência

Apesar das adversidades, vozes como a da professora Sara Wagner York, uma mulher trans brasileira vivendo nos EUA, afirmam que é apenas uma questão de tempo até que a população reconheça as mentiras e o medo alimentados por Trump. Ele usa essa estratégia de transformar as pessoas trans em inimigos públicos para desviar a atenção dos problemas reais, argumentou Sara, enfatizando a importância de permanecer firme em nossa identidade e luta.

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A luta pelos direitos das pessoas trans é crucial e deve ser uma prioridade global. Compartilhe este conteúdo e ajude a espalhar a conscientização sobre essas questões urgentes!

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