Aos 68 anos, morre Elizângela, lenda da teledramaturgia brasileira

Atriz veterana Elizângela falece após parada cardiorrespiratória

Nesta sexta-feira, 3 de novembro, o cenário artístico brasileiro perdeu uma de suas veteranas mais queridas, a atriz Elizângela, aos 68 anos.

Segundo informações da Prefeitura Municipal de Guapimirim, a renomada artista deu entrada no Hospital Municipal José Rabello de Mello após sofrer uma PCR (parada cardiorrespiratória) e receber atendimento das equipes do SAMU.

Apesar dos esforços médicos, não foi possível reanimá-la.

Aos 68 anos, morreu Elizângela, uma das lendas da teledramaturgia brasileira. Conheça um pouco de sua história.
A atriz Elizângela – Foto: Elizângela Amaral via Wikimedia Commons

Atriz sofreu consequências de não ter se vacinado

Elizângela já havia sido atendida pelo sistema de saúde do município anteriormente, quando enfrentou graves problemas respiratórios.

Após algumas semanas de cuidados médicos, ela recebeu alta. No entanto, no ano passado, a atriz enfrentou sequelas respiratórias da Covid-19, que a levaram a ser internada em Guapimirim.

Naquela ocasião, a situação chegou a ser crítica, e Elizângela quase precisou ser intubada.

Um aspecto que chama atenção é a posição de Elizângela em relação à vacinação.

A assessoria de imprensa da prefeitura de Guapimirim informou que a atriz era radicalmente contrária à vacinação e não havia tomado nenhuma dose do imunizante.

Essa postura da artista, infelizmente, a deixou vulnerável a complicações de saúde em meio à pandemia.

Quem foi Elizângela?

A carreira de Elizângela foi marcada por sua dedicação e talento desde tenra idade. Sua estreia como atriz ocorreu aos sete anos na TV Excelsior, onde participava de comerciais ao vivo.

Sua notável atuação chamou a atenção de um produtor da emissora, que a convidou para estrelar o programa de entrevistas “A Outra Face do Artista“.

Na mesma emissora, ela também participou do “Jornal Infantil Excelsior” e do programa de variedades “Futurama.”

Aos 10 anos, Elizângela assumiu a apresentação de “Essa Gente Inocente“, um programa com crianças exibido no horário nobre. No entanto, a jovem atriz deixou a Excelsior para trabalhar na Rede Globo, onde fez história.

Em 1965, com apenas 11 anos, ela se tornou assistente de palco do “Capitão Furacão“, o primeiro programa infantil da emissora carioca.

A partir desse ponto, Elizângela continuou a acumular experiências no cinema, teatro e na televisão. Seu talento inegável a levou a protagonizar sua primeira novela, “O Cafona,” em 1971.

Ao longo de sua carreira, participou de mais de 50 projetos na televisão, tornando-se uma figura icônica nas telas brasileiras.

Sua última aparição em uma novela foi em “A Dona do Pedaço,” em 2019.

A trajetória de Elizângela é um testemunho de sua paixão pela atuação e seu impacto duradouro na indústria do entretenimento.

Sua presença cativante e habilidades excepcionais conquistaram o carinho do público ao longo de décadas.

A perda de Elizângela deixa um vazio no coração dos brasileiros e na comunidade artística. Seu legado como uma das atrizes mais talentosas e versáteis do país permanecerá como uma parte inestimável da cultura brasileira.

Seu trabalho inspirou gerações de atores e continuará a ser lembrado com carinho por todos que tiveram o privilégio de testemunhar sua atuação excepcional.

Nossas condolências vão para a família e amigos de Elizângela neste momento de luto. Ela deixou uma marca indelével na história das Artes Cênicas no Brasil e continuará a ser lembrada com afeto e admiração.

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