Síndrome do Impostor: o que é e quais são os sintomas

A Síndrome do Impostor: quando o sucesso se encontra com a insegurança; descubra como personalidades de sucesso enfrentaram a síndrome e dicas para superá-la

No ambiente de trabalho, uma experiência que afeta cerca de 70% das pessoas é a Síndrome do Impostor. É a sensação de que somos uma fraude, mesmo quando conquistamos o sucesso.

Mas o que exatamente é essa síndrome? E como personalidades notáveis, como Michelle Obama, Neil Armstrong, Maya Angelou e Tom Hanks, lidaram com ela?

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A Síndrome do Impostor afeta muitas pessoas – Foto: Chris Yang via unsplash.com

O que é a Síndrome do Impostor

A Síndrome do Impostor é caracterizada pela autopercepção de falsidade intelectual, na qual o indivíduo se sente uma fraude. Muitas vezes, as pessoas acreditam que não merecem estar onde estão, mesmo que tenham conquistado feitos notáveis em suas carreiras. Esse sentimento está ligado à baixa autoestima e à insegurança.

Para compreender essa condição mais profundamente, entrevistamos a neuropsicóloga Keli Rodrigues, do Grupo MED MAIS, que explicou que a síndrome do impostor não tem uma classificação específica no sistema de saúde, mas é uma desordem de autopercepção. Ela envolve uma tendência à autossabotagem, onde o indivíduo cria uma percepção de incompetência ou insuficiência dentro de sua mente.

Especialista em inteligência emocional, Fabrício Nogueira complementa que a síndrome do impostor envolve uma gama de sentimentos vindos da baixa autoestima e insegurança. É a crença de que não somos bons o suficiente, mesmo quando alcançamos resultados positivos. Pode ser desencadeada por uma infância com altas cobranças ou um ambiente de trabalho competitivo.

Principais sinais da Síndrome do Impostor

  1. Sentimento de não pertencimento: A sensação de que não merecemos estar onde estamos, levando ao afastamento de grupos e oportunidades.
  2. Procrastinação: Adiamento de tarefas devido à insegurança sobre a capacidade de realizá-las.
  3. Autossabotagem: Criar mecanismos para evitar experiências nas quais não se sentem seguros, resultando na perda de oportunidades.
  4. Autodepreciação: Falar mal de si mesmo com frequência e ter uma visão negativa de suas próprias qualidades.
  5. Ingratidão: Dificuldade em aceitar elogios e rejeição de reconhecimento de outras pessoas.
  6. Autocrítica excessiva: Análises críticas exageradas das ações, perdendo o contato com a realidade.
  7. Comparação: A tendência de encontrar boas características apenas em outras pessoas, levando a uma busca implacável pela perfeição.

Como lidar com a síndrome

Encontrar maneiras de lidar com a Síndrome do Impostor é essencial para o sucesso profissional e o bem-estar pessoal.

A neuropsicóloga Keli Rodrigues oferece algumas recomendações:

  • Verificar se os pensamentos negativos sobre si podem ser comprovados, questionando a validade de tais pensamentos.
  • Avaliar o próprio trabalho de forma mais técnica e externa, destacando conquistas e habilidades.
  • Realizar pesquisas de satisfação com clientes ou chefes para obter feedback valioso.
  • Procurar ajuda profissional de psicólogos ou psiquiatras para lidar com a síndrome de maneira mais eficaz.

É importante ressaltar que um diagnóstico preciso só pode ser dado por um profissional qualificado. Portanto, se você acredita estar enfrentando a Síndrome do Impostor, é fundamental procurar ajuda especializada.

A Síndrome do Impostor pode afetar qualquer pessoa, independentemente de seu nível de sucesso. A boa notícia é que, com autoconhecimento e apoio adequado, é possível superar esse desafio e continuar trilhando o caminho do sucesso com confiança e autenticidade. Lembre-se de que não está sozinho nessa jornada, e muitos antes de você enfrentaram e venceram a Síndrome do Impostor.

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