Como funciona a DUBLAGEM feita por INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL? Os dubladores vão PERDER O EMPREGO?

Com o avanço da Inteligência Artificial, muitos profissionais estão com medo de perder seus empregos. E será que os dubladores estão nesta lista?

Os segmentos da indústria do cinema, séries de TV e jogos foram beneficiados com o avanço da Inteligência Artificial.

No entanto, alguns profissionais estão com medo de perderem seus empregos, particularmente os dubladores.

Continue a leitura e entenda como funciona a dublagem usando a IA e se realmente há risco dos dubladores ficarem desempregados!

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Reprodução: Imagem

Será que os dubladores vão perder seus empregos com a Inteligência Artificial?

Durante muito tempo, o discurso era o seguinte: a Inteligência Artificial só iria substituir as atividades e tarefas com baixo valor agregado, mas jamais aquelas que necessitam de uma certa reflexão criativa.

No entanto, com o avanço da IA generativa, que é direcionada para as imagens ou textos, diversas profissões começaram a recear por seus empregos, entre elas, os dubladores.

Isso porque, as vozes criadas pela Inteligência Artificial que se baseiam em vozes dos verdadeiros atores estão se tornando cada vez mais populares.

Inclusive, recentemente, houve uma greve em Hollywood de atores e roteiristas e um dos pontos da pauta era exatamente o uso da IA.

Mas como funciona a dublagem feita por Inteligência Artificial?

Os modelos coletam previamente milhares de vozes que vão constituir uma base, e a partir daí encontrar a entonação de um, o timbre de outro…

Graças à ferramenta, também chamada de deepfake, o movimento da boca é alterado para se adaptar às novas frases que são ditas.

Porém, segundo os dubladores, é um espaço sem emoção, sem criatividade e sem o imaginário.

Por sua vez, eles não são contra, já que a IA pode ser formidável para reconstituir vozes de pessoas que morreram ou quando alguém perdeu sua voz.

O problema é que a dublagem é a única fonte de renda de inúmeros profissionais, bem como a narração de documentários, áudio books, jogos, publicidade, entre outros trabalhos.

A dublagem vai acabar?

Dubladores e narradores se mobilizam em todo o mundo frente à ameaça da Inteligência Artificial, que é capaz de criar vozes idênticas às vozes humanas.

Diversos sindicatos e organizações na Europa, Estados Unidos e na América Latina criaram a “United Voices Organisation” (UVO), que milita sob o slogan “não roubem as nossas vozes”, exigindo uma legislação mais rigorosa.

De acordo com a UVO, a utilização indiscriminada e não regulamentada da IA pode atingir o patrimônio artístico de criatividade que as máquinas não podem gerar.

Nesse contexto, os dubladores relatam a existência do “Text To Speech” (TTS), uma tecnologia que permite transformar um texto escrito em um discurso emitido por uma voz humana por meio de um robô, mesmo método usado pelos assistentes vocais Siri e Alexia.

Porém, a Inteligência Artificial acrescentou a aprendizagem automática, que possibilita aos softwares de comparar uma enormidade de vozes a milhões de outras, dando origem a uma voz menos robotizada.

Os profissionais de dublagem reivindicam leis que impeçam a utilização da IA sem seu aval, e a imposição de “cotas de trabalho humano”, é o que diz o dublador colombiano Daniel de la Prada, representante da OVU junto às Nações Unidas e Organização Mundial de Propriedade Intelectual.

Diante de toda essa situação, é claro que os dubladores e outros profissionais da área estão muito preocupados, com receio de veem suas vozes sendo substituídas pela Inteligência Artificial.

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