O ADEUS de uma ESTRELA DA ARTE BRASILEIRA comove a todos

A renomada atriz estava programada para ser homenageada durante a cerimônia do Festival de Cinema de Gramado, marcada para esta terça-feira (15). A confirmação veio por meio de seu filho e empresário.

O cenário artístico do Brasil sofreu não somente a perda de uma grande atriz, mas também de um dos seus principais expoentes na batalha pela representação negra e na luta contra o racismo. Reconhecida por interpretações marcantes, como o papel de Rosa na série “Escrava Isaura”, a atriz estava sendo honrada neste ano durante o Festival de Gramado e encontrava-se na cidade gaúcha, onde o evento teve início em 11 de agosto e continua até este sábado.

O ADEUS de uma ESTRELA DA ARTE BRASILEIRA comove a todos
Imagem: Divulgação/Freepik

Triste despedida

Faleceu durante as primeiras horas desta terça-feira (15) a atriz Léa Garcia, que estava programada para ser homenageada com o Troféu Oscarito durante a 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, localizado na Serra do Rio Grande do Sul. O filho e representante de Léa, Marcelo Garcia, informou ao portal G1 que a atriz sofreu um ataque cardíaco. Apesar de ter sido encaminhada ao Hospital Arcanjo São Miguel, chegou sem sinais vitais.

A notícia do falecimento foi compartilhada por meio de uma postagem no perfil oficial da artista no Instagram.

A equipe organizadora do Festival de Cinema de Gramado comunicou que quaisquer mudanças na programação serão divulgadas em breve. A nota afirmou que “Léa Garcia tinha uma longa história com Gramado, tendo conquistado quatro Kikitos”.

Léa Garcia tinha 90 anos e somava mais de 100 trabalhos em sua carreira, abrangendo cinema, teatro e televisão. Ela havia recebido quatro prêmios Kikito, por atuações em “Filhas do Vento”, “Hoje tem Ragu” e “Acalanto”.

Com interpretações marcantes em obras como “Selva de Pedra”, “Escrava Isaura”, “Xica da Silva” e “O Clone”, Léa desempenhou um papel crucial na quebra de estereótipos até então associados a atrizes negras.

Conforme divulgado pelo Hospital Arcanjo São Miguel, mencionado em um comunicado emitido pela equipe organizadora do evento, a causa do falecimento foi um enfarte agudo do miocárdio. A homenagem planejada para ela e para sua colega Laura Cardoso, que possui 95 anos, estava agendada para a noite de terça-feira (15). Ambas as atrizes foram vistas juntas no sábado, dia 12, durante uma das sessões do festival.

Após a confirmação do óbito, a equipe organizadora revelou que, atendendo ao desejo da família, a homenagem será mantida. Marcelo Garcia, filho da atriz, vai receber o troféu em seu nome. A homenagem vai marcar o início da primeira sessão do evento, que ocorre no palco do Palácio dos Festivais.

Quem foi Léa Garcia?

Léa Garcia foi uma atriz brasileira que nasceu em 11 de março de 1933, na Praça Mauá, no Rio de Janeiro. Ela teve uma extensa carreira no teatro, cinema e televisão, e foi uma importante figura do movimento negro brasileiro.

A carreira de Léo Garcia teve início no teatro, no começo da década de 1950. Ela logo se tornaria uma das mais importantes atrizes do Brasil. Ela participou de uma série de produções importantes, incluindo “Orfeu da Conceição” (1956), “Anjo Negro” (1959) e “Romeu e Julieta” (1960).

No cinema, também fez uma carreira de sucesso. Ela participou de filmes como “Ganga Zumba” (1963), “O Maior Amor do Mundo” (1965) e “Xica da Silva” (1976).

Na televisão, Garcia também se destacou. Ela participou de novelas como “Escrava Isaura” (1976), “Sinhá Moça” (1986) e “Chiquinha Gonzaga” (1999).

Além de sua carreira artística, Léa Garcia também foi uma ativista política. Ela foi uma das fundadoras do Teatro Experimental do Negro (TEN), um grupo de teatro que lutava contra o racismo no Brasil. Ela também foi membro do Movimento Negro Unificado (MNU) e da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ).

Ela deixou um legado importante para o teatro, cinema e televisão brasileiros. Ela também foi uma importante figura do movimento negro brasileiro, e sua luta contra o racismo continuará inspirando pessoas por muitos anos.

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