TRABALHAR QUATRO DIAS POR SEMANA: Como foi o TESTE feito na Inglaterra?
Já pensou em trabalhar quatro dias por semana? Com certeza, transformaria não só a sua vida mas a de todo o mercado de trabalho.
E já existem estudos na Europa que estão fazendo disso uma nova realidade.
Mas e o Brasil? Será que nos encaixamos neste nova tendência?
Saiba mais abaixo!
Reino Unido testa trabalhar quatro dias
Na Europa, o Reino Unido começou a colocar em funcionamento esse sistema de trabalhar quatro dias na semana. E os primeiros testes parecem promissores.
Durante seis meses, algo em torno de 60 empresas da região continuaram pagando os mesmos salários para seus funcionários trabalharem um dia a menos. Ou seja, 100% da remuneração para 80% da carga horária.
O resultado foi tão satisfatório que 91% das companhias mantiveram o sistema. Isso porque os trabalhadores aumentaram seu ânimo e empenho em desempenhar suas funções, economizaram dinheiro do transporte e creche dos filhos e tiveram mais tempo para família e atividades físicas.
Além disso, as próprias empresas tiveram melhorias com menos faltas ao trabalho, seja por licença médica ou qualquer outro motivo e seu faturamento aumentou mostrando que funcionários felizes rendem muito mais.
Segundo os pesquisadores, os resultados até agora mostram que o esquema funciona em negócios de vários setores e empresas de diversos tamanhos.
O teste foi chamado de 4 Day Week e contou exatamente com 61 empresas e 2.900 colaboradores. Tal experimento também foi colocado à prova na Austrália, Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia, entre outros países.
E o Brasil?
No Brasil, tem um mês que o setor administrativo de um hospital de São Paulo começou a experiência de trabalhar só de segunda a quinta.
Por aqui, um grupo de 21 empresas e instituições está fazendo parte dessa pesquisa e muitas já colhem frutos do sistema:
Menos faltas, menos atrasos, foco no trabalho maior. Até as entregas melhoraram.
Eduardo Hagiwara, diretor do hospital de SP
As folgas são decididas pela empresa e elas nem sempre acontecem na sexta-feira, mas o processo de trabalhar quatro dias é respeitado integralmente.
Eduardo também relata que seus funcionários vinham num ritmo muito estafante pós-pandemia e que essa decisão parecia a mais acertada para o momento.
Como acontece em outros países, o sistema faz parte de uma experiência de seis meses. Após o período, elas decidem se continuam ou não com o esquema de trabalhar quatro dias.
Para alguns especialistas há um mito de que o Brasil não saiba cuidar de seus funcionários e apenas a exploração seja o foco.
Num primeiro momento, mais de 300 empresas se mostraram interessadas no projeto desde microempresários com poucos funcionários até multinacionais com milhares de colaboradores.
Como em tudo que há, existem prós e contras que precisam ser avaliados e é por isso que todo o debate é justo antes de encarar qualquer implementação forçada.
Vale lembrar que são anos e anos de uma jornada de cinco a seis dias de trabalho e é normal ter alguma resistência.
Mas os números vindos de outros países parecem animadores e tem tudo para se tornar uma tendência global em breve.