A DISNEY VAI FALIR? Saiba tudo sobre a CRISE na casa do Mickey Mouse
A Disney está enfrentando desafios significativos. Como resultado, um aumento de preços ocorreu.
Bob Iger, CEO da The Walt Disney Company, parece estar tomando medidas drásticas para enfrentar a crise sem precedentes que a empresa está enfrentando. Durante um evento para investidores após a divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre, ele enfatizou que a Disney está agora se concentrando em suas áreas principais de negócio, como o estúdio de cinema, os parques temáticos e o streaming, relegando o restante para um segundo plano.
Crise financeira na Disney
As implicações dessa mudança de direção já estão surgindo. A Disney anunciou que seguirá o exemplo da Netflix e em breve implementará restrições para o compartilhamento de contas em suas plataformas. Iger destacou que o compartilhamento de contas é um problema “significativo”, o que indica que em breve será mais difícil dividir uma única conta de Disney+ e Star+ com outras pessoas.
Além disso, os preços do streaming também estão subindo. Nos Estados Unidos, o Disney+ terá um aumento substancial a partir de 12 de outubro. O plano sem anúncios terá um aumento de 27%, chegando a US$ 13,99 (cerca de R$ 70) – este é o segundo aumento em menos de um ano. O plano com anúncios continuará custando US$ 7,99 (R$ 40).
A empresa parece estar direcionando os assinantes para o plano mais simples, provavelmente para atrair mais espectadores para a publicidade e, assim, aumentar sua receita. Ainda não foi confirmado se o Brasil também sofrerá o mesmo aumento de preços.
O CEO da Disney disse que a empresa está considerando vender seu conteúdo para outras plataformas, como o Netflix. Isso significa que, em breve, podemos ver novamente clássicos da Disney, como Branca de Neve e os Sete Anões, Bela Adormecida e os super-heróis da Marvel em serviços de streaming concorrentes.
A mudança de estratégia tem um motivo: a Disney está perdendo dinheiro. Ao se concentrar em seus próprios serviços de streaming, a empresa deixou de ganhar com o licenciamento de seu conteúdo para outras plataformas. Além disso, investiu muito dinheiro em filmes e séries originais, acreditando que isso tornaria seus serviços mais atraentes para os fãs de marcas como Marvel, Star Wars e ESPN.
No entanto, a estratégia não deu certo. O número de assinantes dos serviços de streaming da Disney está diminuindo, e a empresa agora precisa cortar gastos. Isso é um problema, pois o Disney+ perdeu 11,7 milhões de assinantes no último trimestre.
A decisão de vender conteúdo para outras plataformas pode ser vista como uma medida desesperada da Disney. A empresa está tentando encontrar novas fontes de receita para compensar as perdas. No entanto, isso pode ser um tiro no pé, pois pode prejudicar a imagem da Disney e diminuir o interesse de seus fãs pelos serviços de streaming da empresa.
“Cassino do Mickey”
Em meio à turbulência que a Disney enfrenta, a empresa anunciou a ESPN Bet, uma plataforma de apostas esportivas que utilizará a marca da ESPN. A iniciativa, que por enquanto estará disponível apenas nos Estados Unidos, é um acordo de licenciamento de marca e de publicidade por dez anos, no valor de US$ 1,5 bilhão, mais ações.
A novidade é surpreendente, pois há alguns anos, o CEO da Disney, Bob Iger, disse que a empresa não se envolveria em apostas esportivas “no futuro próximo”. No entanto, o mundo mudou, e as apostas esportivas se tornaram uma indústria multibilionária nos Estados Unidos.
Faz sentido para a ESPN estar nessa jogada, mas a empresa chega atrasada. Outras empresas, como a DraftKings e a FanDuel, já estão estabelecidas no mercado e têm uma forte presença no imaginário esportivo. Além disso, a presença de uma aposta própria da Disney inviabilizará outros acordos no setor.
Venda de canais
A criação da ESPN Bet pode ter um outro objetivo, além de gerar receita: provar que a marca ESPN é forte e pode sobreviver por si só. Isso poderia levar a Disney a vender a divisão de TV linear da ESPN, que Iger considera que está com os dias contados.
No entanto, encontrar um comprador interessado pode ser difícil. Afinal, a própria Disney acredita que a TV linear está em declínio. Além disso, a ESPN é uma empresa cara e tem uma dívida significativa.
Há quem acredite que a Disney pode se desmembrar completamente, com a divisão de TV linear sendo vendida e a empresa se concentrando em seus negócios de streaming e parques temáticos.
Em qualquer caso, a Disney está enfrentando um momento difícil. A empresa precisa encontrar novas fontes de receita e reduzir custos para se manter competitiva.