Lojas AMADAS pelos brasileiros estão FALINDO: saiba o que acontece
Luta contra a falência. Lojas famosas de shopping podem fechar em breve.
É cada vez mais comum ouvirmos relatos de lojas fechando as portas. Desde janeiro, varejistas tradicionais no mercado brasileiro já encerraram as atividades em mais de 110 estabelecimentos e também planejam encerrar outros cem nos próximos meses. Esse considerável número de lojas fechadas está diretamente relacionado com o endividamento das empresas e o aumento dos pedidos de falência e de recuperação judicial.
Grandes empresas que atuam no setor de moda, artigos para o lar e livrarias foram algumas das principais vítimas desse impacto nas lojas.
Marisa
A Marisa Lojas encerrou o primeiro trimestre de 2023 com um déficit de R$ 149 milhões. Além disso, a empresa enfrenta diversos outros desafios, incluindo pedidos de falência feitos por seus fornecedores, o fechamento de mais de 90 de suas lojas e despejos devido a atrasos no pagamento dos aluguéis.
Em fevereiro de 2023, o então CEO da Marisa, Adalberto Pereira Santos, renunciou ao seu cargo, o que trouxe à tona os problemas financeiros da empresa. Para lidar com essa situação, a empresa nomeou João Pinheiro Nogueira Batista como seu novo CEO e contratou uma firma para negociar suas dívidas. Dois fornecedores da empresa entraram com pedidos de falência nos tribunais, reivindicando o pagamento de R$ 710 mil pela Marisa.
A empresa anunciou que está em processo de reestruturação de suas operações e planeja gastar R$ 62 milhões para encerrar as atividades de 91 de suas unidades, conforme declarou o CEO João Pinheiro Nogueira Batista.
Livraria Cultura
A Livraria Cultura teve sua falência decretada, mas conseguiu reverter essa situação por meio de uma decisão judicial. Atualmente, a Cultura opera com apenas duas lojas físicas e um comércio eletrônico, gerando um faturamento mensal de cerca de 2 milhões de reais.
A empresa vinha conduzindo sua operação em São Paulo por meio de parcerias com diversas editoras. Essa colaboração representa aproximadamente 70% da receita da empresa e também inclui o pagamento de aluguel para a Cultura, uma vez que se trata de uma sublocação dentro do mesmo espaço, com permissão para utilizar a marca da empresa. Esses detalhes foram esclarecidos por Leonardo Loureiro, o gerente jurídico da área de reestruturação do escritório Bismarchi, Pires.
A Livraria Cultura obteve uma decisão favorável no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que suspendeu sua falência. Essa decisão foi homologada em 29 de setembro. Como resultado, a empresa agora está autorizada a reabrir as unidades que haviam sido fechadas pela Justiça nos últimos dias.
Saraiva
Enfrentando uma situação financeira precária, a Saraiva tomou medidas drásticas, como o fechamento de lojas, a entrada em recuperação judicial e tentativas infrutíferas de vender suas operações. A empresa anunciou que suas dívidas atingiam a marca de R$ 675 milhões. A Saraiva já estava atrasando pagamentos a fornecedores e, algumas semanas antes de entrar com o pedido de recuperação judicial, fez uma proposta de negociação de dívidas ao Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), mas essa iniciativa não teve sucesso.
A empresa fez três tentativas de venda. A primeira, ocorrida em abril de 2021, visava arrecadar R$ 189 milhões com a venda de 23 lojas físicas ou R$ 150 milhões com a venda de sua plataforma online, havendo também a possibilidade de combinar as duas operações. Entretanto, nenhum comprador demonstrou interesse. Atualmente, a empresa se encontra à beira da falência e com o fechamento de todas as suas lojas.
Tok&Stok
A Tok&Stok conseguiu escapar por pouco da falência, apesar de enfrentar uma dívida considerável de cerca de R$ 350 milhões. A empresa teve que agir rapidamente para evitar a falência, depositando uma quantia que representa menos de 1,5% do valor total devido à antiga consultora de tecnologia.
A decisão da juíza Clarissa Somesom Tauk, da 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, tornou pública a rejeição do pedido de falência devido a esse depósito efetuado pela rede de móveis. Embora tenha evitado um processo de falência desgastante, a questão envolvendo a Domus parece ser apenas um dos muitos desafios enfrentados pela empresa varejista.
Na noite anterior, segunda-feira, 26, o Carlyle anunciou ao mercado que havia conseguido renegociar sua dívida com os bancos credores. Isso foi possível após um aporte de R$ 100 milhões e uma extensão do prazo de pagamento por dois anos.