Estão dizendo por aí que O MEI VAI ACABAR: é VERDADE ou MENTIRA?
Recentes informações divulgadas sobre a eventual extinção do MEI para certos profissionais geraram preocupação nas plataformas de mídia social. Vamos analisar em detalhes a notícia que está circulando nas redes sociais.
Uma notícia tem ganhado destaque nas redes sociais e até mesmo na ferramenta Google Trends, que revela os termos mais buscados no Google. Essa notícia gira em torno da potencial extinção da categoria de Microempreendedor Individual (MEI), a qual reúne cerca de 15 milhões de inscritos ao completar seu décimo quinto ano de existência. Será que o MEI vai realmente chegar ao fim? Como isso pode afetar o trabalhador autônomo e outros que atuam por conta própria? Vamos discutir isso a seguir.
O MEI vai acabar?
A divulgação dessa notícia gerou ainda mais preocupação entre os cidadãos brasileiros, especialmente após alguns sites afirmarem que o fim do MEI era verídico. No entanto, é importante esclarecer que essa informação não é verdadeira.
Até o momento, o governo não emitiu nenhum comunicado oficial sobre o encerramento do MEI, e o registro continua disponível e incentivado como uma opção para a formalização de trabalhadores que anteriormente operavam sem direitos e sem contribuições.
A possível fonte de confusão pode estar relacionada à exclusão de certas profissões do regime MEI, algo que ocorre periodicamente quando o programa reavalia quais ocupações podem ou não ser incluídas. A lista atual de ocupações permitidas pode ser consultada no portal gov.br.
É crucial destacar que essa exclusão de determinadas profissões não implica o término da categoria MEI como um todo, mas sim a remoção de algumas atividades do escopo do programa. O regime MEI possui requisitos específicos que passam por constantes atualizações. Aqueles que não se qualificarem para o MEI ainda têm a alternativa de se registrarem como Microempresa (ME) ou optar por outros regimes empresariais.
Sobre o MEI
O Microempreendedor Individual (MEI) é uma pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário, para facilitar o acesso a direitos e benefícios previdenciários, como aposentadoria, salário-maternidade, auxílio-doença e auxílio-reclusão.
Lançado em 2008, o MEI foi concebido com o propósito de formalizar profissionais autônomos e pequenos empreendedores que atuavam na informalidade. A adesão ao MEI exige a observância dos seguintes critérios:
- Ser uma pessoa física;
- Não ter qualquer participação como sócio ou titular em outra empresa;
- Apresentar um faturamento anual de até R$ 81.000,00;
- Não empregar mais do que uma pessoa, cujo salário corresponda ao mínimo nacional ou ao piso definido para a categoria.
Os benefícios concedidos aos MEIs compreendem:
- Cobertura previdenciária, que engloba aposentadoria, salário-maternidade, auxílio-doença e auxílio-reclusão;
- Atribuição de um CNPJ;
- Emissão de alvará de funcionamento;
- Acesso a opções de crédito e linhas de financiamento;
- Participação em processos de licitações públicas;
- Benefícios do regime tributário simplificado denominado Simples Nacional, destinado a micro e pequenas empresas.
Para se tornar um MEI, é necessário acessar o Portal do Empreendedor e preencher o formulário de formalização. O processo é gratuito e pode ser feito pelo computador, celular ou tablet.
Os MEIs são importantes para a economia brasileira, pois representam uma parcela significativa da população ocupada. Em 2022, havia 14,2 milhões de MEIs no Brasil, o que representa 53,9% da população ocupada no setor privado.
O MEI é uma opção interessante para profissionais autônomos e pequenos empreendedores que desejam se formalizar e ter acesso a direitos e benefícios previdenciários.