CLIENTES INCRÉDULOS: o que houve no Banco Itaú?

Encerramentos feitos por um dos maiores bancos do país deixam funcionários e clientes surpresos

O banco Itaú é uma das instituições financeiras mais tradicionais e antigas do país. Aberto ao público em 1944, a empresa tem clientes espalhados não só pelo Brasil como em outros países do mundo.

Apesar disso, o banco tem tomado atitudes inacreditáveis, não só para seus correntistas quanto para os próprios trabalhadores que exercem funções em suas agências.

Acompanhe mais detalhes das mudanças realizadas pela instituição.

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A instituição financeira Itaú Unibanco toma atitude inacreditável – Foto: Banco Itaú via Wikimedia Commons

O banco Itaú

O conhecido banco Itaú começa sua história ainda no final de 1943, com a fundação do Banco Central de Crédito. Dois anos depois, a instituição abriu sua primeira agência.

Mais de 20 anos se passaram e, em 1964, a empresa fundada por Alfredo Egydio de Souza Aranha uniu-se ao banco Itaú propriamente dito. A instituição foi criada em 1944, na cidade de Itaú de Minas, em Minas Gerais.

A trajetória do banco em questão é marcada por diversas fusões, sendo que em 2008, o banco se une ao Unibanco. O resultado é um dos 20 maiores conglomerados financeiros do mundo em valor de mercado e o maior do hemisfério sul.

Em 2012, o agora Itaú Unibanco foi eleito a 30ª maior empresa do mundo pela revista Forbes e, no ano passado, ficou em primeiro lugar no Great Place to Work® (GPTW Brasil) como a melhor companhia para se trabalhar no Brasil na categoria acima de 10 mil funcionários.

Além disso, a instituição financeira em questão possui aproximadamente 5 mil agências espalhadas por 21 países do mundo, incluindo o Brasil.

Ainda assim, o Itaú tem adotado uma tática que tem surpreendido seus funcionários e clientes e, embora pareça um mistério para alguns, tal estratégia tem sido utilizada por diversas instituições financeiras.

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A empresa tem agência até mesmo em outros países como o Chile – Foto: User13121989 via Wikimedia Commons

Itaú toma atitude surpreendente

Com tantas conquistas e consequente crescimento, ver agências bancárias sendo fechadas parece ser uma contradição. Mas é exatamente isso que vem acontecendo nos últimos tempos.

Mais precisamente na região da capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, o Itaú encerrou as atividades de 11 agências físicas no último mês de junho.

Segundo o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, a empresa fechou em média duas agências por mês na região.

Em um primeiro momento, não há uma razão que justifique tal atitude. Isso porque, aparentemente, o banco não enfrenta dificuldades financeiras.

Conforme é destacado pelo presidente do Sindicato, Ramon Peres, em 2022 o Itaú teve um registro de R$ 30 bilhões em lucros líquidos.

Peres ainda salienta que esses encerramentos prejudicaram não só os funcionários como os correntistas das agências em questão, pois as pessoas precisam migrar para outras agências, superlotando outras e sobrecarregando os profissionais, visto que não há novas contratações.

Embora possa parecer algo inédito ou misterioso, na verdade tal atitude tem sido tomada por muitas instituições financeiras.

Com o fechamento de agências físicas, os bancos diminuem gastos e aumentam os lucros, mesmo que a explicação oficial (e vaga) dessas intuições seja uma reestruturação operacional.

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Fachada de uma das agências de Belo Horizonte, em 2009 – Foto: Andrevruas via Wikimedia Commons
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