Documentário revela polêmica que levou à demissão em massa das paquitas nos anos 90
Aquele mundo mágico que encantava o público nos anos 90 está prestes a ganhar uma nova perspectiva. Com o documentário “Pra sempre paquitas” prestes a estrear no Globoplay, histórias que ficaram enterradas por anos agora voltam à tona, mexendo com o imaginário dos fãs e trazendo à luz polêmicas que culminaram na demissão em massa das paquitas da formação clássica do “Xou da Xuxa”. E tudo isso por causa de um livro que causou um verdadeiro terremoto nos bastidores.
O livro que abalou o mundo das paquitas
Tudo começou em 1996, quando o ex-diretor do “Xou da Xuxa”, João Henrique Schiller, lançou o polêmico livro “Sonhos de Paquitas — Nos bastidores do Xou”. Se hoje esse livro é um verdadeiro tesouro para colecionadores, custando mais de R$1,5 mil em sebos virtuais, naquela época, ele foi motivo de um grande escândalo que mudou para sempre o rumo das queridinhas do Brasil.
O mais curioso é que a ideia original nem era um livro. O projeto inicial era uma peça de teatro em que oito paquitas iriam compartilhar suas experiências nos palcos, em um formato inspirado no sucesso “Confissões de adolescente”. “A gente estava com muita vontade de trabalhar, o terceiro disco não vinha, e começamos a pensar em projetos. Estávamos perdendo espaço”, relembrou Priscilla Couto, a Catuxita, durante uma live. Quem diria que essa iniciativa, que parecia inocente, seria o estopim para uma das maiores crises internas do programa?
O telegrama anônimo e a ira de Marlene Mattos
Em meio às discussões sobre a peça, as paquitas começaram a se reunir com Schiller, sem o conhecimento da diretora Marlene Mattos, que controlava tudo nos bastidores com pulso firme. Porém, como na maioria dos escândalos, um “dedo-duro” estava presente. Um telegrama anônimo, enviado por uma das próprias paquitas, foi o suficiente para desmoronar tudo.
Marlene, conhecida por sua postura rígida, ficou sabendo do projeto através do tal telegrama. A reação? Imediata e severa. “Marlene estava muito rígida nessa fase, pegando pesado. Uma das meninas mandou esse telegrama dizendo que existia o projeto de um livro e da peça, distorcendo tudo”, revelou Ana Paula Guimarães, a Catuxa, também em uma live. A partir daí, o destino das paquitas estava selado.
Demissão em massa: fim de uma era
Como em um reality show que dá uma reviravolta inesperada, o desfecho dessa história foi marcado por lágrimas e demissões. Em abril de 1995, na edição do programa “Xuxa Park”, oito paquitas foram sumariamente demitidas: Ana Paula Almeida, Ana Paula Guimarães, Cátia Paganote, Flávia Fernandes, Priscilla Couto, Bianca Rinaldi, Roberta Cipriani e Juliana Baroni.
O que chocou o público não foi apenas o fato de suas paquitas favoritas estarem sendo afastadas, mas a rapidez com que tudo aconteceu. No mesmo programa, as novas paquitas, agora chamadas de “New Generation”, já estavam prontas para assumir o palco. Para muitos fãs, esse momento foi como ver um capítulo final de uma novela sem final feliz.
Veja também:
- Xuxa surpreende ao se transformar em Lady Gaga e voar no palco do Domingão
- Angélica e Xuxa vão se enfrentar em batalha épica no Domingão
- Sasha comemora aniversário com Xuxa e amigos: veja todos os detalhes da festa!
“Sonhos de paquitas”: um relato de bastidores repleto de tensão
Apesar do tumulto, o livro “Sonhos de Paquitas” foi lançado no ano seguinte, em 1996. E o conteúdo não foi nada leve. O autor João Henrique Schiller não poupou detalhes e expôs os bastidores do programa, revelando que os “sonhos” das paquitas não eram tão encantadores quanto o público imaginava. “Elas sofriam uma tortura psicológica e moral nessa época”, afirmou o autor em uma entrevista anos depois.
Há rumores de que Marlene Mattos, ao saber do conteúdo explosivo do livro, teria comprado todas as edições que estavam disponíveis nas bancas de jornais pelo Brasil, numa tentativa de abafar a história. Mas, como bem sabemos, histórias polêmicas têm vida própria e acabam encontrando maneiras de sobreviver e perpetuar.
Defesa de Marlene Mattos: lealdade ou medo?
Curiosamente, mesmo após a demissão em massa e o lançamento do livro, algumas paquitas permaneceram leais a Marlene Mattos. Um dos casos mais emblemáticos foi o de Ana Paula Almeida, que, em entrevista à revista “Contigo!”, saiu em defesa da diretora. “Nunca assinei nada que autorizasse esse livro, nem falei sobre mim e muito menos reclamei da Marlene. Ela não humilhou ninguém, o que sempre ensinou e exigiu de nós foi profissionalismo”, declarou.
Essa defesa de Marlene gerou ainda mais burburinho. Afinal, será que essa lealdade era genuína ou fruto do temor que a diretora impunha nos bastidores? A verdade, como sempre, parece estar dividida em várias versões, dependendo de quem a conta.
O legado das paquitas e a nova geração
Com o passar dos anos, as paquitas da “New Generation” assumiram o posto, mas o impacto das demissões de 1995 jamais foi esquecido. Aquelas jovens que encantaram uma geração inteira viveram momentos intensos de fama e polêmicas. E, agora, com o lançamento do documentário “Pra sempre paquitas”, o público terá a chance de revisitar essa história e, talvez, descobrir ainda mais segredos guardados a sete chaves.
Será que a verdadeira história das paquitas finalmente será revelada? E o que mais o documentário trará à tona? Os fãs estão ansiosos para descobrir o que aconteceu por trás dos sorrisos e coreografias impecáveis que marcaram o “Xou da Xuxa”. Uma coisa é certa: o mundo das paquitas jamais será o mesmo.