Seleção DISPENSA jogador envolvido em POLÊMICA!

Está ocorrendo uma investigação policial. Carreira do jogador pode estar comprometida.

O incidente relacionado ao atacante teve repercussões em relação à sua convocação para a equipe nacional do Brasil. O treinador Fernando Diniz o incluiu na lista para os confrontos contra Bolívia e Peru nas Eliminatórias da Copa, no entanto, o jogador do Manchester United foi excluído pelo corpo técnico nesta segunda-feira. Isso ocorreu após a ex-namorada do atleta, a DJ Gabriela Cavallin, tornar público fotos e vídeos alegando ter sido vítima de agressões. Como substituto, Gabriel Jesus, jogador do Arsenal, foi convocado.

Selecao DISPENSA jogador envolvido em POLEMICA
Imagem: Reprodução

Jogador está sendo investigado

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) explicou oficialmente a decisão de retirar o jogador da seleção devido à divulgação do material de Gabriela, que exibe evidências de ferimentos e hematomas em várias partes do corpo, alegadamente causados por Antony.

Segundo informações do portal Uol, Gabriela relatou ter sido ameaçada por Antony enquanto estava grávida do próprio jogador. Ela afirmou: “Ele já disse coisas como: ‘ou eu ficava com ele ou todo mundo ia morrer’. Isso incluía eu, ele e nosso filho. Eu respondia: ‘você sabe que estou grávida, certo? Você está me assustando’. Houve momentos em que ele chorava e outros em que me agredia. Certamente foi um dos piores dias da minha vida.” Infelizmente, ela perdeu o bebê algumas semanas depois.

De acordo com o relato, Gabriela, de 23 anos, procurou a polícia de Manchester, na Inglaterra, na última sexta-feira e apresentou uma nova denúncia contra Antony, também de 23 anos. No inquérito, a DJ compartilhou imagens que supostamente representam a última agressão cometida pelo jogador do Manchester United, resultando em uma lesão em sua mão direita, com os ossos dos dedos expostos.

Resposta de Antony

Em resposta ao contato do Estadão, a equipe de assessoria de Antony emitiu um comunicado assinado por seu empresário, Júnior Pedroso, afirmando que o jogador “não se manifestará até que a Justiça tome uma decisão”. A defesa de Antony acredita que o caso não favorece Gabriela, alegando que ela costuma aparecer na mídia nos momentos em que pode prejudicar Antony, como no dia da convocação para a seleção brasileira e agora, durante sua apresentação. A nota também destaca que os fatos expostos são os mesmos que estão sendo investigados no processo em curso.

Em sua postagem, ele afirma que as acusações de Gabriela são completamente infundadas. Segundo o jogador, embora tenha havido conflitos verbais em sua relação, de ambas as partes, ele afirma que jamais se envolveu em qualquer forma de agressão física.

Técnico se prejudica no processo

Fernando Diniz, considerado o melhor treinador brasileiro em atividade, embora tenha um histórico de poucos títulos, mereceu a oportunidade de liderar a seleção devido à sua abordagem inovadora e corajosa do jogo, que valoriza o futebol bem jogado. Ele representa uma mudança de mentalidade necessária em um ambiente muitas vezes conservador e resistente à inovação.

No entanto, no início de seu desafio mais importante, o treinador cometeu um erro que levanta dúvidas sobre sua capacidade de efetivamente influenciar o aspecto humano e comportamental dos jogadores. Ao insistir na convocação de Antony, acusado de violência doméstica por sua ex-namorada Gabriela Cavallin, Diniz não apenas se expôs de maneira imprudente, mas também pareceu minimizar uma grave denúncia de agressão contra uma mulher, o que contraria seu discurso anterior de sensibilidade social.

Diniz, que possui formação em psicologia, sempre enfatizou a importância de compreender o lado humano dos jogadores e a conexão intrínseca entre o futebol e a sociedade. Dada sua abordagem inovadora e a forma como suas equipes jogam, ele enfrentou críticas e foi rotulado como um profissional com ideias utópicas demais.

Portanto, esperava-se que um treinador com ideias tão progressistas em relação ao ambiente tradicionalmente machista e conservador do futebol mostrasse uma sensibilidade maior em questões que ultrapassam as linhas do campo. Especialmente ao liderar a seleção brasileira, esperava-se que Diniz não comprometesse princípios éticos e de coerência.

Poucas horas antes de sua primeira convocação, autoridades do Reino Unido anunciaram uma investigação envolvendo Lucas Paquetá, jogador do West Ham, em um suposto esquema de apostas. O treinador optou por cortá-lo da lista por precaução.

Por outro lado, a denúncia de agressão de Cavallin contra Antony foi feita há mais de dois meses, e a maioria das acusações da ex-namorada já era conhecida antes da reportagem recente do portal UOL, que incluiu áudios e mensagens ameaçadoras atribuídas ao jogador do Manchester United. No entanto, ao contrário de sua abordagem diligente com Paquetá, Diniz afirmou que o caso de Antony ainda estava em fase inicial.

Em um ambiente frequentemente marcado pelo machismo, não seria surpreendente que a maioria dos treinadores, no lugar de Fernando Diniz, agisse da mesma maneira, priorizando o aspecto esportivo em detrimento de uma questão social relevante. No entanto, considerando seu histórico e perfil, esperava-se mais dele.

Diante da reação negativa ao caso, Diniz foi forçado a cortar o jogador quando o dano já estava feito. Tanto ele quanto a CBF poderiam ter evitado esse desgaste considerável sem desrespeitar o princípio da presunção de inocência e o direito de defesa de Antony.

Infelizmente, no aspecto moral, o treinador começou sua jornada na seleção agindo de forma semelhante aos outros, perdendo a oportunidade de demonstrar um compromisso humanitário se, ao contrário da maioria de seus colegas, não tivesse subestimado a gravidade de uma denúncia de violência contra uma mulher.

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