CARNE QUE NÃO É CARNE causa muita POLÊMICA: o que você acha?

Mais uma polêmica envolvendo a produção de carne. Mas como assim: carne que não é carne?

Com uma preocupação cada vez maior com a saúde, volta e meia surge uma novidade no segmento da alimentação, e a última é sobre a produção de carne.

No entanto, isso tem gerado muita polêmica e despertado a atenção dos consumidores, afinal, o que é isso?

Continue a leitura e saiba todos os detalhes sobre a carne que não é carne!

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Reprodução: Imagem

Carne que não é carne: isso é possível?

Se você voltasse há alguns anos atrás, nunca poderia imaginar a possibilidade de produzir uma carne que não é carne, mas saiba que isso já é uma realidade, e tudo graças aos avanços da tecnologia.

Mas como isso é possível?

O alimento é produzido em laboratório a partir de células dos próprios animais, permitindo desenvolver um produto, ou seja, uma carne com as mesmas similaridades quanto à textura, sabor e nutrientes.

O processo de produção pode ser dividido em quatro etapas:

1.Uma amostra de células-tronco é retirada de um animal vivo. São células que podem se desenvolver em outros tipos de células presentes no organismo, como por exemplo, as células sanguíneas ou hepáticas.

2.As células-tronco são colocadas em grandes reservatórios chamados biorreatores, que contêm meios de cultura que recriam um ambiente similar àquele que as células encontram no organismo do animal, fornecendo os nutrientes que eles precisam para se multiplicar.

3.O meio de cultura é modificado de tal forma que as células-tronco possam se separar em três componentes principais da carne: o músculo, a gordura e o tecido conjuntivo.

4.As células são separadas e dispostas de maneira a “produzir” a carne, muito semelhante à “verdadeira” carne que estamos habituados a consumir.

Um dos principais benefícios da carne cultivada em laboratório é o bem-estar animal, pois é um método que permite produzir a carne sem a necessidade de abater os animais.

Alguns defensores da carne de laboratório consideram igualmente a melhora da segurança alimentar, tendo em vista que no ambiente controlado do laboratório, há um menor risco de contaminação por bactérias.

Já existe no Brasil?

Em primeiro lugar, saiba que a carne produzida em laboratório está presente em muitos países, com pesquisas espalhadas em todo o mundo.

No Brasil, o setor da Embrapa direcionado a aves e suínos anunciou em janeiro deste ano que está desenvolvendo estudos para produzir carne de frango em laboratório.

A escolha pela carne de frango se deve ao fato do alto consumo, por conta do tipo de proteína e acessibilidade do banco genético.

A técnica consiste em usar estruturas similares ao filé de frango sem osso, facilitando assim o cultivo.

De acordo com a idealizadora do projeto, Vivian Feddern, a ideia pode sair do papel devido aos avanços das tecnologias e com isso, a sua viabilidade e um maior número de investimentos.

Vale destacar que apenas Singapura e os Estados Unidos já aprovaram a venda de carnes produzidas em laboratório, e em vários países europeus, o projeto está em tramitação.

Se a carne cultivada em laboratório deve substituir uma parte importante da carne que consumimos, o fator chave será a aceitação pelos consumidores.

Alguns estudos indicam que as pessoas ainda são um pouco reticentes em aceitar a carne cultivada, porém, a partir que tiverem mais informações, provavelmente irá aumentar o nível de aceitação.

No momento, as pessoas parecem mais suscetíveis de preferir as opções vegetais quando buscam proteínas alternativas.

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