Time ÁRABE que contratou Neymar Jr vai receber INDENIZAÇÃO por ele: entenda
Fifa deve ser obrigada a indenizar Al Hilal. Tudo por conta do que aconteceu com o Neymar.
Neymar sofreu uma grave lesão no ligamento cruzado anterior e no menisco do joelho esquerdo durante a partida em que o Brasil foi derrotado pelo Uruguai, no jogo das Eliminatórias. Como resultado, é provável que ele fique de fora da temporada atual com o Al-Hilal, o clube da Arábia Saudita pelo qual ele joga. Consequentemente, a FIFA deve ser obrigada a oferecer compensação financeira ao clube saudita por meio do seu Programa de Proteção de Clubes, uma espécie de “seguro” para lesões de jogadores que ocorrem em partidas oficiais de suas seleções.
Fifa tá devendo?
Segundo João Paulo Di Carlo, um advogado especializado em direito esportivo que escreveu sobre o assunto em sua coluna no Lei em Campo, o RSTP (Regulamento sobre Status e Transferências de Jogadores) determina, no anexo 1, que os clubes empregadores devem assegurar um seguro para cobrir lesões que ocorram durante as datas FIFA e competições internacionais, em que os clubes são obrigados a liberar os jogadores. Para isso, a FIFA estabeleceu o Programa de Proteção dos Clubes, que visa compensar por tais lesões, como indicado no anexo 1 do RSTP e, para o período atual, na Circular nº 1852/2023.
Di Carlo ressalta que os clubes devem cumprir os requisitos e seguir os procedimentos estipulados no Programa de Proteção dos Clubes para terem direito à compensação. No entanto, ele observa que a compensação está limitada a 7,5 milhões de euros anuais por jogador, o que pode ser insuficiente para cobrir os salários de jogadores de alto nível, como Neymar.
De acordo com João Marcello Costa, outro advogado, com base no Programa de Proteção de Clubes da FIFA, é provável que o Al-Hilal seja indenizado a partir do 29º dia de ausência de Neymar, considerando que a lesão provavelmente exigirá um tempo de recuperação superior a 28 dias e ocorreu durante um jogo das Eliminatórias da Copa do Mundo. Costa observa que quaisquer perdas do Al-Hilal que ultrapassem o montante de 7,5 milhões de euros podem exigir um processo separado, caso não sejam diretamente abarcadas pelo Programa de Proteção de Clubes da FIFA.
Conforme estabelecido no Regulamento da FIFA, a compensação é acionada após 28 dias consecutivos de ausência de um jogador, comprovados por atestado médico. O valor máximo pago é de 7,5 milhões de euros por ano, calculado com base em uma compensação diária “pro rata” de até 20,5 mil euros (1/365), pagáveis por no máximo 365 dias.
O cálculo da indenização é baseado no salário fixo do jogador, e o seguro é válido a partir do dia em que o atleta viaja para se apresentar à seleção, até a meia-noite do término de sua participação. Este ano, os valores aumentaram devido a um período mais curto de competição.
Para solicitar a compensação, o clube deve seguir o procedimento delineado no artigo três do regulamento, notificando a seguradora designada pela FIFA e fornecendo a documentação e formulários necessários, dentro de um prazo de 28 dias após a lesão, caso contrário, poderá perder o direito à indenização. Qualquer litígio relacionado ao programa será levado diretamente à Corte Arbitral do Esporte (CAS).
O que aconteceu?
Neymar sofreu uma lesão séria no ligamento cruzado anterior e no menisco do joelho esquerdo e deve passar por uma cirurgia em breve. O prazo de recuperação é estimado em no mínimo seis meses, embora em muitos casos o tratamento dure mais tempo.
Para o Al Hilal, a ausência de Neymar representa um ônus significativo. A estrela do futebol brasileiro está sob contrato de dois anos no valor total de R$ 1,7 bilhão, o que equivale a uma perda de pelo menos R$ 420 milhões durante os seis meses de sua recuperação, com um custo mensal de aproximadamente R$ 70 milhões.
A percepção de que a lesão de Neymar era grave surgiu imediatamente quando ele caiu no gramado do Estádio Centenário, em Montevidéu, durante a partida em que o Brasil foi derrotado pelo Uruguai nas Eliminatórias. Ele foi substituído perto do final do primeiro tempo e retornou ao Brasil com muletas e a perna esquerda imobilizada.
Dependendo do tempo de recuperação, Neymar corre o risco de perder o restante do mandato de Fernando Diniz na seleção, que se estende até julho de 2024. Os planos futuros incluem amistosos contra Espanha e provavelmente Inglaterra em março do próximo ano, com a possibilidade de participação nos jogos pré-Copa América, programada para junho.
A ausência de Neymar representa um desafio para Diniz, que considera o jogador uma peça fundamental em seu projeto para a seleção. Sob a liderança de Diniz, Neymar marcou dois gols contra a Bolívia e deu assistências em jogadas de escanteio contra Peru e Venezuela. A equipe brasileira já estava em desvantagem por 1 a 0 quando Neymar deixou o campo contra o Uruguai, e não conseguiu se recuperar. Agora, Diniz enfrenta o desafio de encontrar uma solução sem a presença do craque, especialmente para a próxima convocação em novembro.