De personagem sem função a estrela de cinema: saiba TUDO sobre a evolução da BARBIE

Lançamento do live-action da boneca mais famosa do mundo abre debates sobre diferentes temas. Confira!

O filme da Barbie mal estreou e já virou assunto por motivos completamente diferentes. Sabemos que estreias do cinema causam um reboliço nas redes sociais, deixando produtores de conteúdo do setor monotemáticos.

Ainda mais quando o filme em questão aborda uma boneca que ainda causa muito curiosidade. Apesar do novo lançamento dos cinemas não ter como foco o público infantil, o impacto na sociedade é visível.

Seus figurinos glamourosos e acessórios poderosos, como sua casa ou carro, há décadas são verdadeiros objetos de desejo para milhões de meninas, pelos quatro cantos do mundo. Então é de se esperar que o filme traga a boneca para o centro das atenções, mais uma vez.

A seguir, confira tudo sobre a evolução da boneca Barbie:

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Barbie: Saiba tudo sobre a boneca mais famosa do mundo. Créditos: Mattel/Divulgação

Quem diria, Barbie já foi considerada coadjuvante

No cartaz do filme tão celebrado, a frase “Ela é tudo. Ele é só o Ken” chama atenção e ilustra a importância que a boneca tem como protagonista.

E vamos além, quem vê Margot Robbie personificando a perfeição da boneca Barbie nos cinemas, não consegue imaginar que, na vida real, a boneca já foi “apenas a namorada do Ken”.

Lembrando que vivemos em uma sociedade patriarcal, não admira que a boneca, criada nos Anos 50, fosse considerada como inferior. Já seu namorado Ken era visto o provedor da casa, trabalhador, futuro marido, pai amoroso dos filhinhos. A Barbie deveria ser apenas linda!

Barbie Noiva foi sonho de consumo de uma geração inteira

Primeira boneca a ter seios sob os lindos vestidos, a boneca Barbie sofreu transformações estéticas, mas também de conceito.

Que menina dos Anos 80 não sonhou em ter a Barbie Noiva? Trajando um vestido digno de capa de revista, até a caixa grande da boneca ocupava mais espaço nas prateleiras das lojas de brinquedo.

O objetivo era acomodar o vestido amplo e branco, sonho de consumo de toda uma geração de meninas. Nesta época, casar e ter uma família ainda era o principal, e algumas vezes o único, objetivo das meninas que amavam a Barbie.

Uma nova boneca para um mundo mais plural

Mas o mundo mudou, as mulheres mudaram e os sonhos das meninas também. Ao longo dos anos, debates sobre inserção da mulher no mercado de trabalho, maternidade e o movimento global de empoderamento feminino transformaram, não só o corpinho de plástico da boneca, mas a mente das meninas que brincavam com elas.

Além de vestidos cheios de brilho, cabelos sedosos e muitos acessórios para compor o look, a boneca também ganhou profissões, como a Barbie versão médica, astronauta, pilota, cientista, zoóloga, empresária, cabeleireira, salva-vidas e até bombeira!

Desde a sua criação, nos Anos 50, muitas meninas passaram a desejar não apenas a beleza da boneca Barbie, mas também almejaram seguir profissões, até então, consideradas masculinas.

Emponderada e poderosa, a Barbie conquistou não apenas o seu espaço no mercado de trabalho, mas foi capaz de adquirir, por meios próprios, mansões, carros, vestidos de gala e, até mesmo, um avião.

O slogan da boneca Barbie “Você pode ser tudo que quiser” nunca fez tanto sentido.

Representatividade e inclusão

Recentemente, o debate sobre a pressão estética abriu precedente para que o corpo da boneca, de padrão praticamente inalcançável, sofresse alterações, trazendo inclusive a sua beleza para o âmbito da realidade feminina.

Nesse contexto, foram desenvolvidas versões da Barbie com curvas mais sinuosas e compatíveis com o corpo de mulheres reais. Diferentes tons de pele, cabelo, olhos e formatos de rosto também aproximaram meninas de todo mundo ao universo cor-de-rosa da boneca.

Respeitando as características de diferentes etnias, meninas negras, asiáticas, latinas puderam se sentir representadas. Já a versão petite, abrange meninas baixinhas.

A Barbie também levantou a questão da inclusão, com bonecas cadeirantes, com vitiligo, usando aparelho auditivo, com prótese em uma das pernas e até uma versão com Síndrome de Down.

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