ALERTA do Banco Central sobre CARTÕES DE CRÉDITO: saiba tudo!
Atenção: Recentemente, o Banco Central emitiu um comunicado de alerta referente aos cartões de crédito, que pode ter impactos relevantes para muitos brasileiros
O Banco Central, instituição independente e vinculada ao governo, é responsável por supervisionar a política econômica e assegurar a estabilidade monetária e financeira de um país, emitiu um alerta importante.
Nesse contexto, o Banco Central do Brasil emitiu um comunicado com informações cruciais sobre os cartões de crédito, e é essencial que você esteja atento sobre estes detalhes, uma vez que essa situação pode afetar diversas famílias pelo país.
A seguir, leia para entender o comunicado do Banco Central.
Cartões de crédito: taxas de juros preocupam
De acordo com informações publicadas pelo portal Pronatec, tem sido observado um aumento progressivo nas taxas de juros dos cartões de crédito a partir de julho de 2023. Como resposta a essa tendência, o Banco Central tornou público o aumento percentual nas taxas de juros entre os meses de junho e julho.
Os números revelados nessa divulgação são alarmantes, já que as taxas de juros atingiram a marca de mais de 400% durante esses dois últimos meses. O fato gera muitas preocupações, graças ao nível de impacto que pode causar no orçamento dos brasileiros.
Além disso, como um desdobramento dessa situação, a inadimplência também teve um aumento significativo, chegando a afetar 49,5% das transações realizadas por meio de cartões de crédito.
Febraban e Abranet: opiniões sobre cartões de crédito
O assunto controverso relacionado aos encargos excessivos associados aos cartões de crédito tem gerado um embate entre duas organizações de grande renome: a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Internet (Abranet). Esse choque de opiniões surgiu devido às preocupações levantadas pelo governo, e pelo próprio Banco Central, sobre as altas taxas de juros vinculadas a essa modalidade de pagamento.
Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou a possibilidade de que a eliminação da opção de parcelamento no cartão de crédito poderia ser um dos fatores que justificariam as taxas elevadas do crédito rotativo. Essas taxas, que alcançam um impressionante patamar de 437,3% ao ano no Brasil, são consideradas singulares em comparação com outros países.
Por um lado, a Febraban argumenta que a prática do parcelamento “sem encargos” representa uma “discrepância no mercado brasileiro” e é um dos principais impulsionadores das elevadas taxas de juros nos cartões. Por outro lado, a Abranet defende essa modalidade de parcelamento e sustenta que ela contribui em cerca de 10% para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Essa divergência de pontos de vista está no cerne desse debate sobre as políticas envolvendo os cartões de crédito no Brasil.
O cartão de crédito vai acabar?
O papel central desempenhado pelo cartão de crédito nas transações comerciais está em destaque. Nesse cenário, o cartão contribui com uma parcela significativa, representando 40% das transações totais no comércio. Isso supera o cenário de países em desenvolvimento, onde os cartões equivalem a 10% a 15% das transações, e até mesmo dos Estados Unidos, onde correspondem a 28% das vendas.
Vale ressaltar que a indústria de cartões encara obstáculos consideráveis no Brasil. A inadimplência é um dos desafios mais marcantes. Segundo o Banco Central, a taxa de inadimplência chegou a 53,42% em maio, diminuindo para 49,05% em junho. Tais números se destacam consideravelmente, em comparação com outros países.
Foco do problema pode ser uso em excesso do cartão de crédito
O aumento expressivo na emissão de cartões, nos últimos anos, surge como um dos fatores que podem desencadear a questão do crédito rotativo, conforme salientado pelo presidente do Banco Central. O cenário de múltiplos cartões, onde algumas pessoas possuem até cinco deles, contribui substancialmente para essa dinâmica.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs), as transações por meio de cartões alcançaram a cifra de R$ 2,1 trilhões no último ano, marcando um aumento de 29,4% em relação a 2021.
No entanto, o ritmo de crescimento desacelerou nos primeiros meses de 2023, com um aumento de apenas 10,1% em comparação com o mesmo período de 2022. Em termos globais, o número total de transações também experimentou uma diminuição de 5,1%, totalizando 8,4 bilhões de operações.
Outra questão crítica é a disparidade na concessão de crédito, onde as entidades emissoras não estão adequadamente administrando os riscos. O prazo médio para pagamentos parcelados aumentou significativamente, marcando um aumento de 42,5% entre junho de 2022 e junho de 2023, saindo de 6,38 meses para 9,09 meses.