Entenda a REVOLUÇÃO que vem aí no CARTÃO DE CRÉDITO: vai mudar TUDO?

Você tem dívidas no cartão de crédito? Entenda as novidades e prepare-se, desde já, para as mudanças.

Nos últimos dias, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vem fazendo diversas revelações impactantes sobre as mudanças no cartão de crédito. Será que ele vai, mesmo, acabar?

É verdade que, a partir de agora, ninguém mais poderá parcelar suas compras no cartão de crédito?

Calma! Vamos tirar todas as suas dúvidas sobre o cartão de crédito! Continue lendo para entender as novidades que estão por vir e saiba como estar preparado.

cartão de crédito
Crédito: Reprodução/Envato

Cartão de crédito

No dia 10 de agosto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fez diversas revelações sobre o futuro do cartão de crédito no Brasil, pegando a todos de surpresa. Entre as suas explicações mais polêmicas, ele disse que a instituição está avaliando a eliminação do crédito rotativo para o cartão. O motivo? As altas taxas de juros, que alcançaram a marca de 437,3% ao ano, em junho de 2023.

Campos Neto participou de uma sessão plenária no Senado Federal, onde discutiu as ações do Banco Central do semestre passado, focando na política monetária e estabilidade financeira. Ele acredita que uma maneira de enfrentar os juros exorbitantes e a inadimplência associada ao cartão de crédito no Brasil é abolir o sistema de crédito rotativo. Segundo ele, “sem o crédito rotativo, os saldos não pagos seriam automaticamente transferidos para parcelamento. Essa mudança deverá ser anunciada nas próximas semanas”, afirmou o presidente.

Crédito rotativo: o que é?

Mas afinal, o que é o crédito rotativo? Nas situações em que o consumidor paga menos do que o valor total da sua fatura de cartão de crédito, ele tem a opção de entrar no crédito rotativo. Essa modalidade permite ganhar um prazo de 30 dias e, após esse período, a dívida é parcelada pelas instituições financeiras. Isso ocorre, por exemplo, quando o pagamento mínimo da fatura é efetuado, correspondendo, geralmente, entre 20% a 30% do valor total da conta.

A cobrança nessa modalidade é baseada em juros compostos, que são juros calculados sobre o montante devido, resultando em um aumento exponencial da dívida. Como as instituições financeiras temem a inadimplência, as taxas de juros aplicadas são extremamente elevadas, o que podem fazer com que a dívida se torne uma imensa bola de neve impagável para o consumidor.

De acordo com informações do portal Forum, Hugo Garbe, professor de finanças da Universidade Mackenzie, avalia positivamente essa possível mudança para os consumidores. Ele enfatiza que o ciclo de endividamento pode se tornar insustentável e aconselha evitar o uso do crédito rotativo no cartão de crédito. Para ele, é mais vantajoso optar por um empréstimo pessoal para quitar o saldo do cartão, uma vez que as taxas de juros são mais baixas.

Bancos: o que eles pensam sobre o fim do crédito rotativo

O posicionamento dos bancos diante dessa proposta é intrigante. Embora tenham sido pegos de surpresa com a declaração de Campos Neto, aparentam estar abertos à eliminação do crédito rotativo. É provável que isso resulte em uma diminuição das carteiras de crédito dessas instituições, o que impactaria sua receita e, possivelmente, suas margens de lucro. No entanto, esse efeito seria limitado, afetando principalmente os emissores de cartão de crédito, sem causar tanto impacto para as credenciadoras, bandeiras e o setor varejista.

Em substituição ao crédito rotativo do cartão de crédito, os bancos e instituições financeiras precisariam oferecer alternativas de empréstimos com condições mais vantajosas para incentivar o uso responsável. Uma das opções frequentemente disponíveis é o parcelamento do saldo pendente do crédito rotativo.

O Banco Central busca formas de conter a inadimplência e proporcionar condições mais justas para os consumidores e a possibilidade de eliminar o crédito rotativo se mostra como uma medida crucial para atingir esses objetivos. As próximas semanas podem trazer mais detalhes sobre como essa mudança será implementada e como os consumidores podem ser beneficiados.

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