Loja famosa no Brasil DERRETE: demissões e fechamento de lojas ATERRORIZAM funcionários

Números assustam funcionários e clientes: dívida astronômica, recuo de caixa, demissões e fechamento de lojas

Uma das lojas mais famosas do país parece respirar com ajuda de aparelhos. Com uma dívida astronômica e o número de compradores decaindo, a derrocada pode estar iminente.

Tais constatações em números foram apresentadas em relatório de acompanhamento mensal dos administradores judiciais da empresa.

Veja os detalhes da análise recente e comparada a setembro e outros períodos deste ano e do ano passado.

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Números de famosa loja assustam – Foto: Towfiqu barbhuiya via unsplash.com

Loja em derrocada

Uma das lojas mais famosas em território brasileiro é a Americanas S.A. Popularmente conhecida como Lojas Americanas, a companhia é uma das mais antigas e maiores no mercado, sobretudo de vendas a varejo.

Fundada em 1929 na cidade fluminense de Niterói pelo austríaco Max Landesmann em parceria com os norte-americanos Batson Borger, Glen Matson, James Marshall e John Lee, a empresa já mudou de nome três vezes.

Primeiro foi entitulada Lojas Americanas S.A., depois passou a se chamar B2W Digital S.A., finalizando até os dias de hoje como Americanas S.A.

Em 2015, a popular Lojas Americanas era considerada a quarta maior companhia de varejo do Brasil. Seu números impressionavam, contudo, tudo mudou em 2023.

No início do ano, houve uma análise que concluiu um grande déficit nos balanços da empresa. O valor dele era de R$ 20 bilhões.

O rombo foi causado por “inconsistências no balanço da empresa”, as quais existiam há mais ou menos 8 anos.

No dia 13 de janeiro, após ter anunciado a atualização do déficit em R$ 43 bilhões, a companhia conseguiu judicialmente uma decisão contrária à antecipação do vencimento da dívida. No dia 19 do mesmo mês, as Lojas Americanas entraram com pedido de recuperação judicial.

Americanas assustam com números

Com toda a polêmica, os problemas da empresa parecem estar longe do fim.

Segundo relatório mensal encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em menos de um mês, a Americanas apresentou 1.131 demissões, sendo 639 devido a pedidos de desligamento. Além disso, a companhia fechou 21 lojas durante o mesmo período, que compreendeu de 21 de agosto a 17 de setembro.

Vale destacar que, em 12 meses, houve o fechamento de um total de 88 lojas em todo o país.

Com relação ao número de clientes, a empresa também apresentou queda: em dezembro de 2022 havia 12,7% a mais de consumidores do que em agosto de 2023.

A saber, a quantidade de clientes é mensurada conforme compra ou interação deles com a companhia em um determinado período.

Já quanto ao caixa disponível, a Americanas também teve recuo. Em 12 meses, o caixa passou de R$ 3,726 bilhões para R$ 1,552 bilhão, representando um déficit de 58,3%.

Por fim, houve um aumento de 5,6% de sua dívida em reais entre janeiro e agosto deste ano, totalizando R$ 20,644 bilhões. Já a dívida em dólares diminuiu 1,1%, somando R$ 1,068 bilhão.

No que tange ao pagamento da dívida, as Lojas Americanas totalizaram R$ 1,391 bilhão e US$ 43,615 milhões.

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