Shein MUDOU a forma de enviar suas compras. O QUE FOI ALTERADO?

Você costuma fazer compras na Shein? Para evitar problemas, confira aqui tudo o que vai mudar nas entregas dos seus pedidos.

A Shein registrou um crescimento impressionante no Brasil. Em 2022, a empresa alcançou um faturamento de R$ 8 bilhões, o que representa um aumento de 300% em relação ao ano anterior.

Em um cenário econômico ainda incerto, com os impactos da inflação afetando o bolso dos consumidores, projeções sugerem que o crescimento Shein não deve desacelerar tão cedo.

Isso representa um grande desafio para as empresas que atuam no mesmo nicho de mercado, mas uma preocupação menor para aquelas que focam em um público de alta renda.

E se você costuma fazer compras online, precisa saber que a Shein está mudando sua maneira de enviar os pedidos para os clientes. Mas o que isso significa exatamente?

Continue lendo para entender tudo o que vai mudar nas entregas da Shein.

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Créditos: Reprodução/Envato

Shein: empresa adere ao Remessa Conforme

A adesão da Shein ao programa Remessa Conforme impulsionou ainda mais a iniciativa, que já engloba cerca de 67% do total de remessas enviadas ao Brasil de janeiro a julho deste ano, como relatado pela Receita Federal em um comunicado divulgado nesqta quinta-feira (14). Além da Shein, outra gigante do comércio eletrônico chinês, o Alibaba, também integrou o programa no final de agosto, solidificando a presença do setor no sistema.

Segundo a Receita Federal, aproximadamente 83 milhões de pacotes ingressaram no país durante o período de janeiro a julho, por meio de operadoras de transporte associadas às empresas certificadas no programa. A fase atual do Remessa Conforme concede uma isenção de Imposto de Importação para compras de até 50 dólares em empresas de comércio eletrônico internacional que atendem às diretrizes da Receita Federal.

Mudanças já estão valendo

Vale ressaltar que, para que as vantagens do programa sejam aplicadas, como a isenção do imposto de importação em envios feitos por pessoas jurídicas, é necessário que os sites das empresas estejam em conformidade com os requisitos do Programa Remessa Conforme, conforme observou a Receita.

O governo também anunciou seus planos de, em uma etapa subsequente, implementar uma taxa sobre compras de até 50 dólares, considerando uma alíquota de pelo menos 20%.

Shein: empresa cresce 300% no Brasil

Em 2022, a empresa alcançou um faturamento de R$ 8 bilhões, somente no Brasil o que representa um aumento de 300% em relação ao ano anterior. Há apenas dois anos, a empresa chinesa estava no mesmo patamar da Hering, a maior varejista de moda básica do país. Hoje, ela já ultrapassou a projeção anual para todo o Grupo Soma, conforme indicado pelos analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Victor Rogatis, do BTG Pactual (pertencente ao mesmo grupo de controle da EXAME), em um relatório divulgado recentemente.

Em reportagem para a Exame, esta análise detalhada chega a uma conclusão prática: enquanto as ações da C&A receberam uma reclassificação de “Compra” para “Neutro”, o BTG identifica as principais escolhas no setor, que incluem Arezzo, Grupo Soma e Track&Field. Essas marcas têm um público que tende a gastar mais e impulsionam o crescimento do varejo de moda, representando a maior parte do crescimento do setor, que foi de 21% em 2021 e 16% no acumulado até novembro de 2022.

Tráfego direto representa 43%: clientes fiéis

Com base em dados da SimilarWeb compilados pelo BTG, em novembro do ano passado, 45% do tráfego da Shein é proveniente de mecanismos de busca, principalmente do Google, com o tráfego direto representando 43% dos acessos, o que indica uma grande base de consumidores fiéis. Este dado é considerado muito significativo. Arezzo e Schutz são as únicas empresas nacionais que superam a Shein, em termos de tráfego direto, embora ainda não tenham alcançado o mesmo nível de tempo gasto pelos consumidores dentro do aplicativo. A empresa estrangeira conseguiu transformar a experiência de navegar pelo aplicativo em um passatempo e uma forma de entretenimento, algo que ainda não foi totalmente alcançado pelas empresas nacionais.

Mesmo com preços 111% mais altos do que nos Estados Unidos (ajustando para o poder de compra), os consumidores brasileiros continuam comprando na Shein. Isso pode ser atribuído, em parte, a complexidades regulatórias e logísticas que tornam os produtos mais caros no Brasil, em comparação com outros países, um obstáculo que afastou outros varejistas estrangeiros. Curiosamente, as empresas chinesas têm obtido sucesso nesse aspecto. Além da Shein, a Shopee já obtém 30% de seu GMV (Volume Bruto de Mercadorias) no Brasil a partir de categorias relacionadas a roupas, o que equivale a cerca de R$ 6 bilhões, de acordo com as análises do BTG.

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