DE CORAÇÃO NOVO: como foi o TRANSPLANTE do FAUSTÃO?

O apresentador Faustão passou por um transplante de coração, no último domingo. Leia aqui e saiba tudo sobre o procedimento.

O apresentador Fausto Silva, conhecido como Faustão, passou por um bem-sucedido transplante de coração, conforme anunciado pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

A cirurgia, que teve duração de aproximadamente 2 horas e meia, foi realizada com sucesso no domingo (27).

Mas como o apresentador conseguiu ser transplantado tão rápido? Continue lendo e entenda tudo sobre o transplante de coração do apresentador Faustão a seguir.

Faustão
Faustão recebeu novo coração no último domingo. Créditos: Reprodução: TV Globo

Faustão recebe novo coração

O apresentador Faustão, de 73 anos, estava internado desde o dia 5 de agosto por conta de uma insuficiência cardíaca. Os médicos responsáveis pelo procedimento foram Fernando Bacal, cardiologista, Miguel Cendoroglo Neto, diretor médico e de serviços hospitalares, e Fábio Antônio Gaiotto, cirurgião cardiovascular do Einstein.

A equipe médica do hospital explicou que a cirurgia foi agendada após a Central de Transplantes do Estado de São Paulo verificar a compatibilidade do órgão, considerando o tipo sanguíneo B. O procedimento ocorreu no início da tarde do domingo e foi concluído com sucesso. Faustão está em observação na UTI, já que as próximas horas são cruciais para monitorar a adaptação do novo coração e prevenir qualquer rejeição.

Rapidez no transplante: gravidade do caso justifica

O Ministério da Saúde também emitiu um comunicado informando que, entre os dias 19 e 26 de agosto, foram realizados 11 transplantes cardíacos no Brasil, excluindo o caso de Faustão. Sete desses transplantes ocorreram em São Paulo. A rapidez do procedimento foi justificada pela gravidade do estado de saúde do apresentador.

Antes da cirurgia, Faustão estava na UTI do hospital, onde tratava sua insuficiência cardíaca e passava por diálise. A necessidade do transplante de coração surgiu como uma alternativa para melhorar sua condição de saúde.

Cuidados pós-transplante

Após o transplante, é essencial que o paciente siga um rigoroso acompanhamento médico. Durante os primeiros seis meses após a operação, as consultas são mensais, passando para a cada dois meses posteriormente, e depois se espaçando. Esses cuidados são cruciais para evitar a rejeição do órgão transplantado.

No Brasil, os órgãos disponíveis para doação e transplante pertencem base em uma lista de espera que considera diferentes critérios técnicos, como tempo de espera e urgência do procedimento, assim como a compatibilidade sanguínea entre doador e receptor.

A compatibilidade genética, quando necessária, é determinada por meio de exames laboratoriais. Além disso, a localização também desempenha um papel importante, levando em conta o tempo que um órgão pode ficar fora do corpo antes do transplante, podendo requerer transporte aéreo em alguns casos.

Transplante de coração: procedimento complexo e gratuito

O procedimento de transplante cardíaco é complexo, como explicou o cardiologista Philipe Saccab, em entrevista para a Folha. Ele detalha que o coração debilitado do receptor é substituído pelo coração saudável de um doador falecido. Os vasos sanguíneos são conectados da mesma forma que estavam no coração original.

O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, operado pelo SUS, que financia cerca de 88% de todos os transplantes no país. Os pacientes recebem assistência abrangente e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgias, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.

Dados recentes sobre transplantes no Brasil

De acordo com dados do Ministério da Saúde, até meados de agosto, havia 386 pessoas aguardando por um coração no Brasil. O órgão mais aguardado para transplante é o rim, seguido pela córnea e o fígado. O coração ocupa a quinta posição nessa lista.

A maioria dos transplantes é proveniente de doadores falecidos, que podem doar órgãos como rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, córneas, entre outros. Além disso, há a possibilidade de doadores vivos contribuírem com um rim, parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões.

O tempo é um fator crucial no transplante de coração, já que o órgão deve ser implantado no receptor dentro de quatro horas após a remoção do doador, para evitar sua deterioração.

João Vicente da Silveira, especialista em cardiologia, destaca que a insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não consegue bombear sangue eficientemente para o corpo. Cuidados básicos com a saúde, como aferir a pressão arterial, controlar a pressão alta, evitar a obesidade, não fumar e manter um estilo de vida ativo, são essenciais para prevenir problemas cardíacos que podem levar à necessidade de um transplante.

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