Governo toma decisão POLÊMICA sobre as vítimas do CICLONE
Rio Grande do Sul foi vítima de grande tragédia. Decisão do governo sobre o assunto gera controvérsias.
A escolha do presidente Lula, filiado ao PT, de viajar para Nova Delhi, na Índia, nesta sexta-feira (08), não foi bem recebida. Muitos de seus seguidores esperavam que ele realizasse uma visita à região sul do país, especialmente após a tragédia que ocorreu no Rio Grande do Sul devido à passagem de um ciclone. A região foi muito afetada pelo fenômeno natural.
O que aconteceu?
No último dia 05, um ciclone extratropical devastador passou pelo estado, deixando um rastro de destruição com um saldo de três mil pessoas desabrigadas, outras 7,6 mil desalojadas e 41 vítimas fatais, conforme informou a Defesa Civil na noite de quinta-feira (07).
Apesar do governador Eduardo Leite (PSD) classificar a tragédia como a pior em quatro décadas no estado, o Presidente Lula optou por permanecer no Palácio do Planalto, acompanhando os desfiles de 7 de Setembro, e planejou uma viagem de cerca de 30 horas rumo a Nova Delhi.
Lula evitou sobrevoar a região afetada e se expressou de forma protocolar, usando entrevistas e mídias sociais, o que gerou críticas significativas. A justificativa apresentada pelo presidente para não visitar o Sul do país foi preocupações de saúde, uma vez que ele tem reclamado de dores intensas no quadril devido a uma artrose no fêmur.
Nesta sexta-feira à tarde, o presidente comunicou por meio da plataforma “X” (o antigo Twitter) que deu instruções para que o governo se mantenha em estado de alerta. Ele informou que o vice-presidente e os ministros estabeleceram um comitê permanente de apoio ao Estado afetado. Lula declarou: “Estamos atuando em várias frentes, disponibilizando maquinário, tratores, distribuindo 20 mil cestas de alimentos e kits de saúde para cerca de 15 mil pessoas. Além disso, serão destinados R$ 800 por pessoa às prefeituras para ajudar na recuperação dos danos causados pelas fortes chuvas.”
Depois das críticas, o vice-presidente Geraldo Alckmin, filiado ao PSB e atualmente ocupando a presidência do Brasil durante a ausência de Lula, anunciou que tem planos de realizar uma visita ao Rio Grande do Sul no próximo domingo, dia 10. De acordo com Alckmin, a comitiva federal pretende visitar mais de uma cidade, incluindo Lajeado, Roca Sales e Arroio do Meio.
Quando questionado sobre a ausência do presidente Lula, Geraldo Alckmin explicou que o presidente teve problemas de saúde na quarta-feira e, na quinta-feira, precisou participar das celebrações do Sete de Setembro. Ele ressaltou que manteve diálogo com Lula a respeito da crise no Rio Grande do Sul e argumentou que a viagem do presidente à Índia está relacionada às discussões sobre as mudanças climáticas, que desempenham um papel central na catástrofe ocorrida no estado. Alckmin enfatizou ainda que ministros já estiveram na região afetada. “Mas todo o governo está empenhado em prestar assistência à região”, concluiu.
Muitas vítimas devido à tragédia
O número de vítimas fatais devido às fortes chuvas e inundações que afetaram várias cidades do Rio Grande do Sul aumentou para 39. Duas pessoas perderam a vida nos municípios de Cruzeiro do Sul e Imigrantes.
Dos óbitos registrados, 14 ocorreram em Muçum, nove em Roca Sales, quatro em Cruzeiro do Sul, três em Lajeado, dois em Estrela e Ibiraiaras registrou duas mortes, enquanto Mato Castelhano, Passo Fundo, Encantado, Santa Tereza e, recentemente, Imigrantes, tiveram um óbito cada.
A Defesa Civil estadual emitiu um boletim atualizado na manhã de quinta-feira. Até o momento, nove pessoas permanecem desaparecidas.
As chuvas causadas pelo ciclone extratropical resultaram na inundação de cidades, colapso de pontes, destruição de estabelecimentos comerciais e danos significativos à infraestrutura do estado.
Nas redes sociais, vídeos mostram situações como dois homens em um barco passando ao lado de um grupo de porcos refugiados no telhado de uma casa, e uma ovelha pendurada em um fio elétrico.
Até o momento, 79 municípios foram afetados, deixando 2.500 pessoas desabrigadas e 3.500 desalojadas, com um total de 2.745 resgatadas.