A placa do seu VEÍCULO vai MUDAR DE NOVO? Entenda

Após mudança na placa dos veículos em 2020, novo modelo já está em debate e deixa motoristas de cabelo em pé

Desde a implementação das novas placas veiculares em 2020, mudanças significativas tem marcado o setor. Agora, um novo modelo de placa está em discussão, e isso tem deixado motoristas e proprietários de veículos ansiosos para entender as possíveis implicações dessa nova proposta.

As placas veiculares, além de identificar os automóveis, desempenham um papel crucial na regulamentação e no controle do trânsito, o que torna qualquer alteração no sistema uma questão de interesse público.

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Créditos: Reprodução/Envato

Novas placas de veículos geram incertezas em motoristas

A possível mudança no modelo das placas veiculares desperta incertezas e expectativas entre os motoristas. Enquanto alguns veem a oportunidade de inovação e modernização, outros se preocupam com os custos envolvidos na substituição das placas antigas. Além disso, questões relacionadas à padronização, segurança e eficiência do novo sistema também estão em pauta. 

Desde a adoção das placas de veículos com o padrão do Mercosul em 2020, o sistema passou por uma série de ajustes. Agora, uma proposta apresentada pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) está em discussão no Senado, trazendo a possibilidade de reintroduzir o nome do município e do estado nas identificações veiculares. 

Pouco tempo após a implementação oficial das placas do Mercosul, o Brasil já contava com quase 5 milhões de veículos emplacados com esse modelo. No entanto, dados atualizados sobre a adoção do novo padrão ainda não foram fornecidos pelo Ministério dos Transportes. Em regiões como o Distrito Federal, aproximadamente 26% da frota, ou pouco mais de 500 mil veículos, já utiliza esse novo formato de identificação veicular.

Mudanças no modelo de placas: principais diferenças

O projeto em discussão estabelece que a mudança será obrigatória para emplacamentos ocorridos 365 dias após a publicação da lei. Anteriormente, a implementação das placas do Mercosul ocorria somente em casos de emplacamento de novos veículos, substituição de placas devido a roubo, dano, mudança de município, estado ou categoria do veículo, bem como na instalação de uma segunda placa.

Além das questões relacionadas à nomenclatura, as placas do Mercosul trouxeram mudanças nas cores em relação ao padrão anterior. Por exemplo, veículos diplomáticos, antes identificados por placas azuis, agora apresentam caracteres dourados. Mesmo mantendo sete caracteres, o novo modelo adota quatro letras e três números, ao invés das três letras e quatro números do sistema anterior. Esse rearranjo resulta de uma conversão dos números das placas antigas em letras, onde o número zero equivale à letra A, o 1 corresponde à B, e assim por diante.

Uma das justificativas para a adoção das placas do Mercosul é a simplificação do processo de circulação nos países do bloco, eliminando a necessidade de autorizações prévias. Além disso, essas placas integram elementos de segurança, como o QR Code, que auxilia na rastreabilidade, e apresentam um fundo branco, facilitando a leitura pela fiscalização eletrônica. A capacidade de combinações também aumentou consideravelmente, passando de cerca de 175 milhões para impressionantes 450 milhões, o que deve suprir as necessidades por décadas.

Inicialmente, o Brasil planejava ser o único país do Mercosul a incluir os brasões estaduais e municipais nas placas de veículos. No entanto, em 2018, o Ministério das Cidades decidiu remover esses emblemas, alegando possíveis custos adicionais para os motoristas que mudassem de estado. Vale ressaltar que o preço do emplacamento é determinado pelo mercado, variando, por exemplo, em torno de R$ 170 no Distrito Federal.

Variações das placas no Mercosul

Cada país do Mercosul adota uma sequência diferente de números e letras nas placas. Argentina e Venezuela, por exemplo, seguem o formato “AB 123 CD” para evitar a formação de palavras. Já o Paraguai utiliza a combinação “ABCD 123”. O Uruguai, pioneiro na adoção do novo modelo, optou pelo padrão “ABC 1234”. Mesmo que o Brasil faça uma alteração nas placas, isso não afetaria o sistema dos outros países do bloco, e os acordos com o Mercosul permaneceriam intactos.

Segundo especialistas em trânsito, a ausência de um elemento de identificação estadual dificulta a inspeção visual realizada pela Polícia Rodoviária Federal e pela PM. Além disso, a atual resolução das placas do Mercosul, definida pelo Contran, retirou alguns elementos de segurança, como a faixa holográfica e o lacre de segurança, mantendo apenas o QR Code e a marca d’água. Esse cenário levanta preocupações quanto à segurança, pois a placa passa a depender mais dos elementos gráficos do que de recursos de proteção, o que pode facilitar a clonagem de veículos.

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